Grupo de mercenários Wagner critica Governo russo pela falta de apoio

Yevgeny Prigozhin, patrão da empresa russa de mercenários Wagner, queixou-se hoje da falta de munições e criticou diretamente o ministro da Defesa da Rússia e o chefe do Estado Maior das Forças Armadas da Rússia. 

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© Getty Images

Lusa
05/05/2023 09:01 ‧ 05/05/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"Estes são os rapazes que morreram hoje, o sangue ainda está fresco", afirma Prigozhin numa mensagem registada em vídeo e difundida através da rede digital de mensagens Telegram.

Nas imagens veem-se cadáveres de alegados combatentes contratados pela empresa Wagner em solo ucraniano.

Prigozhin acrescenta que o número de baixas seria menor se a empresa privada tivesse recebido a "devida quantidade" de munições para os combates em território ucraniano invadido pela Rússia.  

Segundo o oligarca russo, as unidades de combate da empresa Wagner só dispõem de 30% das munições necessárias, responsabilizando diretamente o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, e o chefe do Estado Maior da Rússia, Valeri Guerasimov.

"Eles [mercenários] vieram aqui como voluntários e morrem enquanto vocês engordam nos vossos gabinetes", disse Progozhin dirigindo-se a Shoigu e Guerasimov em termos insultuosos. 

Os combatentes contratados pela empresa privada russa constituem a força de assalto da Rússia que se encontram desde o final do ano passado na cidade de Bakhmut (Artiómovsk, na designação em russo), no zona ocidental da Ucrânia. 

Na quinta-feira, Prigozhin disse que em "apenas um dia de combate morreram 116 combatentes" da empresa Wagner devido à escassez de munições que considerou "gravíssima". 

Não é a primeira vez que a Wagner critica o Ministério da Defesa pelos problemas de abastecimento de material bélico, sobretudo munições. 

No passado mês de março, Prigozhin chegou a ameaçar retirar os destacamentos de Bakhmut.  

"Se a companhia militar privada Wagner abandonar Bakhmut a frente de combate desmorona-se", disse o empresário numa outra mensagem difundida pela rede social YouTube.  

Leia Também: Líder de grupo Wagner diz que contraofensiva ucraniana "já começou"

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