Ataque a escritor? "Máquina repressiva russa acelera e arrasa todos"

Fazendo referência a Moloch, Podolyak atirou que este novo ataque não passa de uma tentativa por parte do presidente russo de "manter o ilusório 'controlo total'".

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Daniela Filipe
06/05/2023 19:02 ‧ 06/05/2023 por Daniela Filipe

Mundo

Ucrânia/Rússia

Numa aparente reação à explosão do carro de um destacado escritor pró-Kremlin, Zakhar Prilepin, que o deixou ferido e matou o seu condutor, o conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, considerou, este sábado, que "a máquina repressiva russa" está a acelerar o ritmo e arrasar com todos, apenas para "prolongar a agonia do ‘clã de [Vladimir] Putin’".

Fazendo referência a Moloch, deus adorado pelos amonitas, uma etnia de Canaã – antiga denominação da região correspondente à área do atual Estado de Israel, da Faixa de Gaza, da Cisjordânia, de parte da Jordânia, do Líbano e de parte da Síria – e demónio na tradição cristã e cabalística, Podolyak atirou que este novo ataque não passa de uma tentativa por parte do presidente russo de "manter o ilusório ‘controlo total’".

"Moloch é previsível. Nunca para de mastigar. Primeiro devora os inimigos, depois devora pessoas aleatórias e, finalmente, devora os seus. Para prolongar a agonia do ‘clã de Putin’ e manter o ilusório 'controlo total', a máquina repressiva russa acelera o ritmo e arrasa com todos, incluindo (para uma sobremesa especialmente requintada) os ativistas Z e V", escreveu, na rede social Twitter.

E rematou: "Na véspera do colapso, Moscovo estará extremamente sombria."

De notar que o incidente que envolveu Prilepin ocorreu na região de Nizhny Novgorod, a cerca de 400 quilómetros a leste de Moscovo.

Entretanto, a Rússia acusou os Estados Unidos, a NATO e a Ucrânia de planearem "um atentado terrorista" contra o escritor nacionalista, naquela que é a terceira explosão que envolve figuras proeminentes pró-Kremlin desde o início da guerra na Ucrânia.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.709 civis desde o início da guerra e 14.666 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Medvedev promete que atentado contra escritor russo "não ficará impune"

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