"A convite dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, França e Noruega, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Qin Gang, vai visitar os três países entre 08 [hoje] e 12 de maio", disse o ministério, numa nota informativa, sem dar mais detalhes.
A chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, visitou a China, no final de abril, onde garantiu que um conflito militar no Estreito de Taiwan constituiria um "cenário de terror" com implicações para a economia mundial.
A viagem de Baerbock aconteceu meses depois de o chanceler alemão, Olaf Scholz, ter visitado o país asiático, onde mostrou vontade de cooperar com a China, ao mesmo tempo em que admitiu divergências entre os dois países.
O encontro de Qin Gang com a sua homóloga francesa Catherine Colonna vai ocorrer após a visita de Estado de três dias do Presidente francês, Emmanuel Macron, à China em abril passado, naquela que foi a sua primeira viagem ao país desde 2019.
Os líderes europeus têm instado repetidamente Pequim, nos últimos meses, a usar a sua influência junto da Rússia para pôr fim à guerra na Ucrânia.
Desde o início da guerra, a China, que se opõe a sanções contra Moscovo, reiterou a importância de respeitar a integridade territorial dos países, incluindo a Ucrânia, e as "legítimas preocupações de segurança de todas as partes", referindo-se à Rússia.
A China considera a parceria com a Rússia fundamental para contrapor a ordem democrática liberal, numa altura em que a sua relação com os Estados Unidos atravessa também um período de grande tensão.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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