A procuradoria antiterrorista francesa anunciou, esta quarta-feira, a abertura de uma investigação por eventuais crimes de guerra e crimes contra a humanidade após um jornalista da Agence France-Presse (AFP) ter morrido na Ucrânia.
Segundo a AFP, a investigação está a cargo do Gabinete Central de Luta contra os Crimes contra a Humanidade e os Crimes de Ódio (OCLCH) e terá como objetivo apurar as circunstâncias da morte de Arman Soldin, de 32 anos.
Soldin, de nacionalidade francesa e origem bósnia, era o coordenador de vídeo da AFP na Ucrânia e morreu na tarde de terça-feira num ataque com um 'rocket' Grad, nas proximidades de Chassiv Iar, uma cidade ucraniana perto de Bakhmut, principal palco de batalha entre as forças russas e ucranianas desde o ano passado.
O Kremlin lamentou a morte do jornalista e pediu a clarificação das circunstâncias do incidente. "Precisamos entender as circunstâncias da morte deste jornalista", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
É pelo menos o 11.º repórter, intérprete ou motorista de jornalistas morto na Ucrânia desde o início da invasão russa, segundo uma contagem das organizações não-governamentais (ONG) especializadas Repórteres sem Fronteiras e o Comité de Proteção de Jornalistas.
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