Novos ataques israelitas em Gaza matam 3 palestinianos. Total é já de 25

Ataques de Israel na Faixa de Gaza, esta madrugada, mataram três pessoas, incluindo um comandante da Jihad Islâmica Palestina (PIJ, na sigla em inglês), elevando para 25 o número de mortos desde o início dos bombardeamentos, na terça-feira.

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Lusa
11/05/2023 07:47 ‧ 11/05/2023 por Lusa

Mundo

Faixa de Gaza

"Aviões de combate do exército de Israel atingiram Ali Ghali, comandante das tropas de lançamento de foguetes da organização terrorista PIJ na Faixa de Gaza", refere um comunicado militar.

Ali Ghali encontrava-se escondido num apartamento na cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, juntamente com "dois outros operacionais da organização terrorista, que também foram atingidos", acrescentou o exército israelita.

Fontes de segurança palestinianas, por sua vez, afirmaram que Ali Ghali foi morto depois de dois drones israelitas terem atacado o apartamento onde se encontrava.

O irmão, Mahmoud Ghali, e o sobrinho, Mahmoud Mansour, estavam na mesma habitação e também morreram, acrescentaram as mesmas fontes, negando que os dois pertencessem ao PIJ, organização considerada como um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia e apoiada financeira e militarmente pelo Irão.

Os médicos do Hospital Naser, de Khan Younis, confirmaram que três palestinianos deram entrada naquela unidade médica sem vida e que outros 15 ficaram feridos no mesmo ataque.

Ali Ghali desempenhava um papel central na organização, sendo responsável, entre outros, pela formação e pelo lançamento de foguetes contra Israel, incluindo a recente barragem de mais de 400 projéteis, segundo o exército israelita.

As Brigadas Al Quds, o braço armado do PIJ, declararam, em comunicado, que estão de luto por Ghali, "morto numa traiçoeira operação de assassínio sionista".

Das 25 pessoas que já perderam a vida na sequência destes ataques, seis eram crianças. Pelo menos 79 ficaram feridas.

O Egito, o Qatar e as Nações Unidas continuam a tentar negociar uma trégua, mas até agora sem sucesso.

Muhamed al-Hindi, chefe do departamento político da PIJ, disse que Israel se recusou a parar a política de assassinar líderes da organização, razão pela qual não foi alcançado um acordo de trégua.

"Os esforços para conter a situação atual continuam e ainda é muito cedo para falar num acordo de trégua", declarou, em comunicado.

A escalada atual, a maior em 2023, eclodiu uma semana após um curto pico de violência na área, que incluiu o disparo de mais de 100 foguetes de Gaza, devido à morte de um membro da PIJ, após 86 dias em greve de fome numa prisão de Israel.

Leia Também: Morte de civis em Gaza é "inaceitável". Guterres pede fim de combates

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