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Lançada 1.ª pedra do museu em memória da jornalista morta na Cisjordânia

A Autoridade Palestiniana lançou esta quinta-feira a primeira pedra do museu em memória de Shireen Abu Akleh, no primeiro ano da morte da jornalista norte-americana de origem palestiniana durante um ataque do Exército israelita na Cisjordânia.

Lançada 1.ª pedra do museu em memória da jornalista morta na Cisjordânia
Notícias ao Minuto

07:18 - 12/05/23 por Lusa

Mundo Cisjordânia

A jornalista e grande repórter da cadeia televisiva do Qatar Al Jazeera, equipada como colete à prova de balas e a menção "Press", foi morta aos 51 anos, em 11 de maio de 2022, com uma bala na cabeça durante uma operação do Exército de Israel no campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada.

O Exército israelita, que ocupa a Cisjordânia desde 1967, reconheceu em setembro, e pela primeira vez, existir "uma forte possibilidade" de que tenha sido morta por um dos seus soldados, mas não deliberadamente.

Em Ramallah, sede da Autoridade Palestiniana, as obras de construção do Museu Shireen Abu Akleh foram lançadas oficialmente esta quinta-feira, durante uma cerimónia cheia de emoção e meditação, na presença da sua família, amigos e autoridades palestinianas, noticiou a agência France-Presse (AFP).

O museu "transmitirá a imagem da verdade e do sofrimento para as gerações futuras", disse Anton Abou Akleh, irmão da jornalista, num discurso perante cerca de 70 pessoas.

"Uma geração inteira cresceu a ouvir Shireen cobrir o sofrimento do povo palestiniano por causa da ocupação israelita", acrescentou.

O museu será construído num terreno cedido pela Autoridade Palestiniana e dedicado ao trabalho do jornalismo e educação para os 'media'.

"Shireen começou a sua vida como testemunha e terminou como mártir", frisou o primeiro-ministro palestino, Mohammed Shtayyeh.

Com os seus relatos, "ela entrou em todas as casas da Palestina, em todas as casas árabes e talvez também em todas as casas do mundo", sublinhou ainda.

Desde terça-feira que decorreram várias manifestações em sua memória em Ramallah, onde a rua onde se encontra a delegação da Al Jazeera onde a jornalista trabalhava tem agora o seu nome, bem como em outros locais.

Em Jenin, várias pessoas reuniram-se na quinta-feira para uma homenagem no local onde a jornalista foi morta.

Shireen, como todos os palestinianos chamavam, "tornou-se um símbolo da luta palestiniana e o seu sacrifício é em tudo semelhante ao de qualquer lutador", referiu à AFP Thaer Daoud, que veio de Qalqiliya, para homenageá-la.

Leia Também: Abu Akleh morreu há um ano. E justiça? "Não há investigação séria"

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