Cerca de 61 milhões de eleitores elegem hoje um Presidente e um parlamento, num sufrágio em que se joga a sobrevivência política do atual chefe de Estado, Recep Tayyip Erdogan.
"Já visitamos, até ao momento, sete ou oito assembleias de voto", afirmou o observador, em contacto telefónico com a Lusa, referindo que na região em que se encontra não há qualquer sinal de problemas, numa altura em que faltavam poucos minutos para o encerramento das assembleias de voto.
Também dos contactos que mantém com os restantes observadores tem recebido informação de que tudo está a decorrer dentro da normalidade, à exceção de "algumas escaramuças", sem consequências.
"No resto da Turquia, os colegas têm transmitido que não tem havido problemas que possam considerar-se relevantes. Há registo de três incidentes, em Istambul, em Ancara e numa outra zona, mas foi um tipo de escaramuças que todos nos disseram que foram logo ultrapassadas", acrescentou.
"A informação que temos aqui é que, tirando um ou outro caso que não tem grande relevância, o processo está a correr bem e com uma grande participação", indicou Paulo Pisco.
Numa das últimas assembleias de voto que visitou, havia 338 inscritos e já tinham votado 307, sem qualquer incidente a registar por volta das 15:50 locais. As urnas fecham às 17:00 locais, destacou.
Os observadores receberam a informação de que o Supremo Tribunal Eleitoral decidiu, em relação a um candidato que desistiu e cuja candidatura permaneceu nos boletins de voto, que serão contados os votos expressos em seu nome.
Com a maioria das sondagens a anteciparem a derrota de Erdogan nas eleições presidenciais, o acto eleitoral na Turquia constitui também uma prova da capacidade de sobrevivência política do atual chefe de Estado de 69 anos.
O fundador do AKP, uma formação conservadora e islamista, enfrenta o líder do Partido Republicano do Povo (CHP, social-democrata e nacionalista), Kemal Kiliçdaroglu, 74 anos, apoiado por uma coligação heterogénea de seis partidos e por uma formação de esquerda defensora dos direitos da minoria curda, que poderá ter a sua última oportunidade de terminar nas urnas com o crescente autoritarismo de Erdogan.
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