Após visitas a Itália e à Alemanha, o Presidente ucraniano chegou pelas 20h55 locais (19h55 em Lisboa) à base aérea de Villacoublay, a sudoeste de Paris.
Ao sair do avião, um Falcon pertencente a França, Zelensky foi recebido pela primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, com quem trocou algumas palavras enquanto caminhavam pela pista.
"A cada visita, aumentam as capacidades defensivas e ofensivas da Ucrânia. Os laços com a Europa reforçam-se e a pressão sobre a Rússia intensifica-se", escreveu Zelensky na rede social Twitter à chegada, precisando que iria encontrar-se com o seu "amigo Emmanuel Macron".
Partiu, em seguida, num veículo em direção ao Eliseu, onde Macron "reafirmará o apoio indefetível da França e da Europa para devolver à Ucrânia os seus direitos legítimos e defender os seus interesses fundamentais", indicou a Presidência francesa em comunicado.
A etapa de Paris de Zelensky não tinha sido antes anunciada.
Num minipériplo europeu, o chefe de Estado ucraniano recebeu hoje na Alemanha o prémio Carlos Magno, pelo seu contributo para a unidade do continente europeu, e vai prosseguir em Paris as consultas com vista à preparação de uma contraofensiva contra a Rússia, que invadiu o país em 24 de fevereiro de 2022 e aí trava uma guerra de agressão desde então.
A ofensiva militar da Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 445.º dia, 8.791 civis mortos e 14.815 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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