Duas províncias chinesas vão ter acesso ao porto russo de Vladivostoque
As mercadorias de Jilin e Heilongjiang, províncias do nordeste da China que não têm acesso ao mar, vão poder ser transportadas através do porto russo de Vladivostoque, a saída marítima mais próxima.
© Lusa
Mundo China
A partir de 01 de junho, o porto da cidade localizada no extremo leste da Rússia vai estar aberto para o embarque de mercadorias de Jilin e Heilongjiang com destino a um porto chinês, informou recentemente a Administração das Alfandegas do país asiático, em comunicado.
As entidades das duas províncias não vão precisar de recorrer ao porto de Dalian, na província de Liaoning, que, apesar de ser o porto chinês mais próximo de Jilin e Heilongjiang, fica, em alguns casos, a mais de 1.000 quilómetros de distância.
O porto de Vladivostoque fica a menos de 100 quilómetros da fronteira com a China e a cerca de 500 quilómetros das capitais de Jilin e Heilongjiang - Changchun e Harbin, respetivamente.
Vladivostoque, o maior porto russo no Oceano Pacífico, foi até meados do século XIX território da China. A baía era conhecida como "Haishenwai".
A China, então governada pela dinastia Qing, perdeu o território para a Rússia no âmbito do Tratado de Aigun, um dos tratados "desiguais" assinados entre a China e potências ocidentais.
Desde então, duas das três províncias do nordeste da China, Heilongjiang e Jilin, ficaram sem acesso ao mar.
Apesar das disputas históricas, os líderes da China e da Rússia, Xi Jinping e Vladimir Putin, proclamaram no ano passado uma "amizade sem limites" entre as duas nações.
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