Quénia e Somália reabrem fronteira fechada desde 2011 devido a ataques
O Quénia e a Somália anunciaram hoje a reabertura gradual de três pontos fronteiriços entre os dois países nos próximos 90 dias, fechados desde 2011 devido aos ataques do grupo extremista somali Al-Shebab.
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Mundo Al-Shebab
O ministro do Interior queniano, Kithure Kindiki, disse à imprensa que esta medida visa fortalecer a cooperação transfronteiriça e os laços bilaterais entre o Quénia e a Somália.
"Este acordo traduz a necessidade de reforçar a cooperação e a parceria entre os nossos dois países, a fim de enfrentar os desafios na promoção da integração regional", declarou o ministro, que sublinhou também a necessidade de ambos os países redobrarem os esforços para combater o extremismo.
O Quénia e a Somália acordaram igualmente em reforçar a comunicação transfronteiriça e a partilha de informações e melhorar as infraestruturas e a gestão das fronteiras.
O ministro da Segurança Interna da Somália, Mohamed Ahmed Sheikh Ali, observou que os desafios transfronteiriços são demasiado complexos para qualquer país e apontou a seca recorrente, o tráfico de pessoas, o comércio ilegal e o crime transnacional como alguns dos principais problemas enfrentados pelas comunidades que residem nessas áreas.
A fronteira entre o Quénia e a Somália foi oficialmente encerrada por Nairobi em outubro de 2011 com o objetivo de pôr termo aos ataques e raptos em território queniano pelos combatentes do grupo extremista Al-Shebab.
O ataque mais grave do Al-Shebab em solo queniano ocorreu em abril de 2015, quando 148 pessoas foram mortas no ataque à Universidade de Garissa.
O Al-Shebab lança frequentemente ataques na capital somali, Mogadíscio, e em outras partes da Somália com o objetivo de derrubar o Governo central - apoiado pela comunidade internacional - e estabelecer à força um regime de cariz ultraconservador islâmico.
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