Sonko, presidente do partido Pastef - Os Patriotas e terceiro candidato às eleições presidenciais de 2019, deveria comparecer hoje perante o Tribunal Criminal de Dacar para responder por violação e ameaças de morte contra uma empregada de um salão de beleza da capital.
Sonko sempre negou os factos e diz-se vítima de uma conspiração do governo para o manter fora das eleições presidenciais de 2024. O opositor também já garantiu que não voltaria a comparecer perante a justiça senegalesa, que acusa de estar instrumentalizada.
Adji Sarr, uma jovem na casa dos 20 anos, acusa Sonko e Ndèye Khady Ndiaye, proprietário do salão de beleza em Dacar, onde os factos alegadamente ocorreram.
A mulher compareceu hoje no tribunal, e afirmou-se confiante na vitória, antes de lamentar que, depois de dois anos à espera do início do julgamrnto, Sonko "tenha fugido".
O tribunal ordenou o adiamento do processo alguns minutos depois do início da sessão.
Sonko encontrava-se a várias centenas de quilómetros de distância, em Ziguinchor, a cidade de que é presidente da câmara, na região de Casamansa, disse o porta-voz do seu partido, Ousseynou Ly.
Na segunda-feira, o reduto de Sonko foi palco de confrontos entre jovens apoiantes de Sonko e as forças de segurança, bem como de atos de vandalismo. As autoridades assinalaram três mortes desde segunda-feira, sem as relacionar diretamente com os distúrbios, mas citando um contexto propício à violência.
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