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Kyiv entra para centro de ciberdefesa da NATO

A Ucrânia entrou para o centro de ciberdefesa da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte), anunciou hoje aquela estrutura sediada na Estónia, classificando Kiev tal decisão como "um passo importante no caminho" para ingressar no bloco de defesa ocidental.

Kyiv entra para centro de ciberdefesa da NATO
Notícias ao Minuto

18:33 - 17/05/23 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

O Centro de Excelência Cooperativa de Ciberdefesa da NATO (CCDCOE), situado em Tallinn, acrescentou ter também acolhido a Islândia, a Irlanda e o Japão.

"Estamos particularmente felizes por ver a Ucrânia entre nós", declarou o ministro da Defesa estónio, Hanno Pevkur, citado num comunicado do CCDCOE.

"Isso dá-nos uma hipótese única de contribuir simultaneamente para a defesa da Ucrânia da brutal guerra da Rússia e de aprender com o campo de batalha cibernético para aumentar a cibersegurança de todos os membros", sublinhou.

A embaixadora da Ucrânia na Estónia, Mariana Betsa, saudou este "acontecimento histórico" como "um passo importante no caminho para a adesão da Ucrânia à NATO".

O centro -- que atualmente inclui os Estados-membros da Aliança Atlântica e mais oito países -- foi fundado em 2008 na capital estónia.

Especialistas informáticos da Europa e dos Estados Unidos trabalham neste centro cujo objetivo é proteger as redes de informação da Aliança de defesa ocidental.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro de 2022 uma ofensiva militar na Ucrânia que causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 448.º dia, 8.836 civis mortos e 14.985 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Presença russa em África abordada na visita do secretário-geral da NATO

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