Rússia recrutou cerca de 120 mil soldados desde o início do ano
O ex-Presidente russo Dmitri Medvedev afirmou hoje que Moscovo recrutou para o exército, a maioria com contrato, cerca de 120 mil soldados desde 01 de janeiro de 2023, para reconstruir as fileiras militares enfraquecidas pela ofensiva na Ucrânia.
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Mundo Guerra na Ucrânia
"De 1 de janeiro a 19 de maio, foram aceites 117.400 pessoas nas fileiras das Forças Armadas, contratadas e voluntárias", disse Medvedev numa reunião sobre o recrutamento do exército.
Medvedev, atualmente o "número dois" do Conselho de Segurança da Rússia, congratulou-se com a "continuação do trabalho" para aumentar a força do exército "no âmbito das instruções dadas pelo Presidente russo [Vladimir Putin] sobre o assunto".
O exército russo sofreu perdas significativas na Ucrânia - embora mantidas em sigilo pela hierarquia militar - o que o levou à necessidade de reforçar as suas fileiras.
Nas últimas semanas, antecipando uma grande contraofensiva das tropas ucranianas, Moscovo lançou uma campanha de recrutamento maciço.
As autoridades não anunciaram objetivos numéricos, mas alguns meios de comunicação social russos noticiaram que o exército espera alistar várias centenas de milhares de homens, oferecendo contratos com condições particularmente atrativas.
A campanha está a decorrer nas redes sociais e é visível em vários cartazes a promover o exército que estão dispersos pelas ruas das cidades russas, segundo relatam as agências internacionais.
Moscovo organizou uma primeira mobilização "parcial" de pelo menos 300 mil homens em setembro passado, levando dezenas de milhares deles a fugir para o estrangeiro por se recusarem a combater.
No final de dezembro de 2022, o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, declarou que era "necessário" aumentar o número de soldados do exército russo para 1,5 milhões, "incluindo 695 mil sob contrato", o que é mais do que o objetivo de 1,15 milhões fixado por Putin em agosto.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Desconhece-se o número de mortos e feridos no conflito, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
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