O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia anunciou, esta sexta-feira, que o antigo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está entre os 500 cidadãos norte-americanos a estarem proibidos de entrar no país, em resposta à última ronda de sanções anunciada por Washington.
Em comunicado citado pela Reuters, o mesmo Ministério também afirmou que Moscovo recusou o mais recente pedido dos Estados Unidos para uma visita consular ao repórter Evan Gershkovich, do Wall Street Journal, que se encontra detido desde março e é acusado de espionagem.
A medida foi desencadeada pela recusa, por parte dos Estados Unidos, no mês passado, de conceder vistos aos meios de comunicação social russos que viajavam com o ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Sergei Lavrov, para as Nações Unidas, afirmou em comunicado.
"Washington deveria ter aprendido há muito tempo que nem um único ataque hostil à Rússia ficará impune", argumentou ainda.
Na sexta-feira, os Estados Unidos anunciaram medidas punitivas contra mais de 300 alvos, visando castigar a Rússia pela sua invasão da Ucrânia e intensificar uma das mais duras vagas de sanções alguma vez aplicadas.
Desde o início da guerra, a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
Até agora, cerca de 8.500 civis já morreram, ao passo que aproximadamente 15 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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