Chefe da diplomacia da UE felicita G7 por decidir enviar caças F-16
O alto-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros felicitou hoje os países do G7 por decidirem avançar com o envio de caças F-16 para a Ucrânia, após meses de insistência do Presidente ucraniano.
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Mundo Guerra na Ucrânia
"É uma boa ideia, finalmente decidiram preparar o terreno para providenciar à Ucrânia os caças de que precisa, espero que em breve consigamos enviá-los", afirmou Josep Borrell, em declarações aos jornalistas antes do início de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE.
Durante a cimeira do G7, que se realizou nos últimos dias em Hiroxima, no Japão, o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), o democrata Joe Biden, anunciou que Washington autorizou os aliados a disponibilizarem caças F-16 às Forças Armadas da Ucrânia.
Biden disse que teve a garantia do homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, de que estas aeronaves de combate seriam utilizadas exclusivamente para defender o território que a Rússia invadiu há mais de um ano.
A reunião de hoje surge depois de, no início de maio, a Comissão Europeia ter enviado aos Estados-membros uma proposta sobre o 11.º pacote de sanções à Rússia, que está desde então em discussão entre os embaixadores dos 27 junto da UE.
A proposta inclui o combate à evasão das sanções da UE, disse a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen aquando de uma visita à capital ucraniana, Kyiv, admitindo abranger países terceiros que ajudem a Rússia.
À semelhança dos 10 pacotes de sanções anteriores, também este terá de ter unanimidade entre os Estados-membros da UE para ser aprovado.
Segundo fontes europeias, a proposta visa um alargamento das listas de pessoas e entidades abrangidas pelas medidas restritivas para proibir que países terceiros ajudem a Rússia a contornar intencionalmente as sanções da UE, podendo estar em causa empresas da China, Emirados Árabes Unidos, Uzbequistão, Síria e Irão.
Além disso, a proposta visa o alargamento das listas de artigos sujeitos a restrições para os controlos das remessas em trânsito através da Rússia, como produtos de tecnologia avançada e peças de aeronaves, bem como restrições à venda de determinados artigos para países terceiros específicos onde haja o risco de serem utilizados para contornar as regras.
Este será um "mecanismo de último recurso para ser usado com prudência e na base da análise do risco", adiantou Ursula von der Leyen.
Estão ainda em causa novas proibições à importação de petróleo russo e ainda ao acesso de navios russos considerados suspeitos (por conter produtos sancionados) nos portos da UE.
A UE impôs sanções à Rússia em resposta à guerra de agressão desencadeada contra a Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro de 2022, e à anexação ilegal das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson.
O objetivo das sanções económicas é provocar consequências graves à Rússia pelas suas ações e impedir eficazmente a capacidade de Moscovo de prosseguir a ofensiva militar contra a Ucrânia.
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