Parlamento esloveno reconhece genocídio ucraniano pelo regime de Estaline
O Parlamento da Eslovénia aprovou esta terça-feira uma declaração na qual reconhece o "Holodomor" como o extermínio e genocídio ucraniano de milhões de pessoas durante a década de 1930, pelo regime soviético de Joseph Estaline.
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Mundo Eslovénia
A declaração em memória do "Holodomor" foi apoiada por todos os grupos políticos, exceto a esquerda, noticiaram os órgãos de comunicação eslovenos.
A Eslovénia junta-se a mais de 20 países que já reconheceram a fome causada pelo homem na Ucrânia como genocídio.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou a medida numa nota através da rede social Twitter, onde agradeceu "aos deputados eslovenos" pela adoção da declaração.
Também o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, agradeceu à Eslovénia por reconhecer o "Holodomor" como genocídio do povo ucraniano.
"A mudança de hoje alcança duas coisas: memória e justiça. Memória significa respeito por milhões de vítimas inocentes deste terrível crime. Justiça significa que tais crimes nunca se devem repetir", vincou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia no Twitter.
Apelidada como "o celeiro da Europa" pela fertilidade dos seus solos negros, a Ucrânia perdeu vários milhões de habitantes na grande fome de 1932-1933, num cenário de coletivização de terras, orquestrada, segundo historiadores, por Estaline para reprimir qualquer desejo de independência neste país, então uma república soviética.
Em meados de dezembro, o Parlamento Europeu também qualificou o "Holodomor" como genocídio.
Vários parlamentos de países europeus reconheceram o "Holodomor" como genocídio, incluindo os países bálticos, a Polónia, a República Checa e Portugal.
Alguns outros países, como a Argentina, Chile e Espanha, condenaram-no como "um ato de extermínio".
A Rússia nega categoricamente esta classificação, referindo que a grande fome da década de 1930 não fez vítimas apenas ucranianas, mas também russas ou cazaques, entre outros povos.
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