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Escalou o Evereste 28 vezes e não tenciona parar. "Até o corpo me deixar"
O homem assegurou que o seu objetivo não é competir por recordes, mas sim ajudar os seus clientes estrangeiros a 'conquistar' a montanha.
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22:47 - 25/05/23 por Notícias ao Minuto com Lusa
Mundo Nepal
O montanhista nepalês sherpa Kami Rita, conhecido como o ‘Homem do Evereste’, bateu o seu próprio recorde no dia 23 de maio, ao chegar ao cume da montanha pela 28.ª vez. Mas, aos 53 anos, o guia não tem intenções de parar.
“Continuarei até o meu corpo me deixar”, disse Kami Rita, em declarações à imprensa, ao chegar ao aeroporto de Katmandu, depois de mais uma expedição.
Ainda assim, o homem assegurou que o seu objetivo não é competir por recordes, mas sim ajudar os seus clientes estrangeiros a ‘conquistar’ a montanha.
Kami Rita superou o seu próprio recorde um dia depois de o nepalês Pasang Dawa, de 46 anos, ter subido ao cume do monte Evereste (8.849 metros) pela 27.ª vez.
Os dois alpinistas escalaram o ‘Teto do Mundo’ duas vezes cada um nesta temporada, cativando a comunidade.
Kami Rita é guia de montanha há mais de 20 anos e escalou o Evereste pela primeira vez em 1994, quando trabalhava para uma expedição comercial. Desde então, o veterano alpinista tem escalado o Evereste quase todos os anos.
O Nepal alberga oito dos dez picos mais altos do mundo, incluindo o Evereste, e recebe centenas de alpinistas em cada estação, quando as temperaturas são mais quentes e os ventos são geralmente mais fracos.
Para a época de montanhismo de 2023, que termina no início de junho, o Nepal emitiu 478 autorizações a alpinistas estrangeiros para escalarem o Evereste. Até agora, mais de 500 alpinistas, incluindo guias nepaleses, empreenderam a subida, indicou o Ministério do Turismo nepalês.
A maioria dos alpinistas estrangeiros é, normalmente, acompanhada por um guia da etnia sherpa, pelo que se espera que um número recorde de mais de 900 pessoas escalem o Evereste esta época. Mas dez alpinistas, incluindo quatro nepaleses, morreram na montanha mais alta do mundo esta época.
A indústria do alpinismo nos Himalaias depende da experiência dos sherpas, normalmente oriundos dos vales do Evereste. Pagam um preço elevado por acompanharem centenas de alpinistas todos os anos. Um terço das mortes no Evereste são de alpinistas nepaleses.
Percorra a galeria.
Leia Também: Nepalês conquista o Evereste pela 28.ª vez (e bate próprio recorde)
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