Além de sobrevoarem Saravejo, as aeronaves participaram num evento militar conjunto na cidade de Tuzla, no nordeste do país, com o exército multiétnico da Bósnia e as Forças Especiais do Exército dos Estados Unidos.
Os voos foram uma demonstração de "um compromisso sólido com a soberania e integridade territorial" da Bósnia, disse o embaixador norte-americano no país dos Balcãs, Michael Murphy.
Michael Murphy acrescentou que os Estados Unidos "permanecem firmes e comprometidos" com o relacionamento com as forças armadas da Bósnia "diante da estabilidade política interna [na Bósnia] e da ameaça aguda de atores malignos fora" do país.
Milorad Dodik, presidente da parte sérvia da Bósnia, a Republika Srpska, tem defendido a dissolução do país e expressado admiração pelo presidente russo, Vladimir Putin, e no início deste mês foi a Moscovo reunir com Putin e reiterar o seu apoio à invasão da Ucrânia por Moscovo.
Reagindo ao sobrevoo sobre a Bósnia de bombardeiros americanos, Milorad Dodik acusou Washington de "desrespeitar" a integridade territorial do país, que considera ser tratado "como uma cobaia que podem sufocar e cortar o fornecimento de ar pelo tempo que quiserem".
Um acordo de paz negociado pelos EUA em 1995 encerrou uma guerra interna na Bósnia, de quase quatro anos, que provocou 100.000 mortos e milhões de desalojados e deixou o país dividido em três principais grupos étnicos: os bósnios muçulmanos, os sérvios ortodoxos e os croatas católicos.
Os Acordos de Paz de Dayton dividiram a Bósnia em duas entidades autónomas - Republika Srpska e uma dominada por bósnios e croatas - ligadas por instituições compartilhadas em todo o Estado.
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