Moldova diz que está "irreversivelmente" comprometida com a UE

A Moldova está "irreversivelmente" comprometida com a adesão à União Europeia (UE), disse hoje a presidente moldova, Maia Sandu, após uma cimeira que reuniu quase 50 líderes políticos neste pequeno país fronteiriço da Ucrânia.

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Lusa
01/06/2023 18:10 ‧ 01/06/2023 por Lusa

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Moldova

"A vossa presença nesta cimeira deixa-nos mais confiantes do que nunca num futuro democrático para o nosso país, que está irreversivelmente comprometido em aderir à UE", disse a chefe de Estado, numa conferência de imprensa no final da segunda cimeira da Comunidade Política Europeia (CPE), que hoje decorreu nos arredores de Chisinau, capital da Moldova.

A presidente da Moldova disse que o encontro da Comunidade Política Europeia demonstrou que os países do continente permanecem unidos perante "a maior agressão militar desde a Segunda Guerra Mundial", referindo-se à invasão russa da Ucrânia.

Sandu sublinhou que a reunião realizada a apenas 20 quilómetros da fronteira ucraniana demonstrou a vontade dos atuais dirigentes de "restaurar a paz na Europa".

"Estaremos com a Ucrânia o tempo que for necessário. Se não fosse a resistência e a coragem da Ucrânia, a Moldova estaria ameaçada", afirmou ao lado do presidente do Governo espanhol, Pedró Sánchez, e do primeiro-ministro checo, Petr Fiala.

A líder moldova sublinhou que as ações comuns acordadas durante a cimeira tornarão a Europa mais forte e mais segura.

"A cimeira de hoje mostrou o valor da Comunidade Política Europeia", disse Sandu, que sublinhou que esta é "uma família unida e forte".

A dirigente agradeceu o apoio demonstrado por todos os dirigentes europeus à Moldova, que descreveu como "um país livre, democrático, pacífico (...) e membro ativo da família europeia", que aspira a uma vida mais integrada, segura e estável.

Maia Sandu lembrou as sanções adotadas por Bruxelas contra oligarcas e criminosos moldovos e russos "que estão a tentar desestabilizar a Moldova", as suas ações decisivas contra ameaças híbridas e a abertura na quarta-feira em Chisinau de uma missão da UE que contribuirá para a estabilidade da antiga república soviética.

A chefe de Estado lembrou que o seu país é o primeiro não membro da UE a acolher esta cimeira, dispondo-se a colaborar com Sánchez para "garantir a continuidade do formato" da CPE, que Espanha acolherá em outubro de 2023.

Por seu lado, Petr Fiala, cujo país acolheu a primeira cimeira desta estrutura, sublinhou que hoje se pode "ver claramente que a Comunidade Política Europeia é um fórum relevante para cada um dos países europeus".

"Os seus membros querem uma cooperação pacífica e uma ordem internacional baseada em regras. Com esta reunião, mostramos que somos fortes e unidos", sublinhou.

O primeiro encontro da Comunidade Política Europeia, iniciativa que surgiu de uma ideia lançada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, aconteceu em outubro de 2022 em Praga, República Checa.

A Comunidade Política Europeia é uma plataforma de diálogo político e cooperação para questões de interesse comum e reforço da segurança, da estabilidade e da prosperidade do continente europeu, não substituindo contudo qualquer organização, estrutura ou processo existente.

Leia Também: Primeiro-ministro britânico diz que Ucrânia tem "lugar legítimo" na NATO

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