O Ministério do Interior ucraniano informou hoje que dos "mais de 4.800" abrigos inspecionados, 252 estão fechados e outros 893 encontram-se "impróprios para utilização".
A fonte oficial adiantou que 5.300 voluntários vão continuar a inspecionar os abrigos por toda a Ucrânia.
Na quinta-feira, uma mulher morreu durante um raide aéreo russo quando alegadamente estava, juntamente com outras pessoas, à porta de um abrigo encerrado.
O Ministério Público da região de Kiev anunciou hoje que quatro pessoas foram detidas no âmbito da investigação à morte da mulher, de 33 anos.
Segundo a mesma fonte, o guarda prisional que não desbloqueou as portas do abrigo permanece detido, enquanto as restantes três pessoas foram colocadas em prisão domiciliária.
O Ministério Público adianta que o guarda pode ser condenado até oito anos de prisão por negligência que conduziu à morte de uma pessoa.
Vitali Klitschko, o autarca de Kiev, a capital, disse hoje que, depois de lançarem um serviço 'online', as autoridades municipais receberam, num só dia, "mais de mil" queixas relacionadas com abrigos fechados, destruídos ou ineficazes.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A guerra causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados das Nações Unidas.
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