Ucrânia: Medos da população aumentam após inspeção ao estado dos abrigos

Os receios da população ucraniana sobre a segurança estão a aumentar, depois de uma inspeção oficial ter revelado que quase um quarto das defesas antiaéreas do país está bloqueado ou inutilizado, revela a agência Associated Press.

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Lusa
03/06/2023 17:34 ‧ 03/06/2023 por Lusa

Mundo

Ucrânia

O Ministério do Interior ucraniano informou hoje que dos "mais de 4.800" abrigos inspecionados, 252 estão fechados e outros 893 encontram-se "impróprios para utilização".

A fonte oficial adiantou que 5.300 voluntários vão continuar a inspecionar os abrigos por toda a Ucrânia.

Na quinta-feira, uma mulher morreu durante um raide aéreo russo quando alegadamente estava, juntamente com outras pessoas, à porta de um abrigo encerrado.

O Ministério Público da região de Kiev anunciou hoje que quatro pessoas foram detidas no âmbito da investigação à morte da mulher, de 33 anos.

Segundo a mesma fonte, o guarda prisional que não desbloqueou as portas do abrigo permanece detido, enquanto as restantes três pessoas foram colocadas em prisão domiciliária.

O Ministério Público adianta que o guarda pode ser condenado até oito anos de prisão por negligência que conduziu à morte de uma pessoa.

Vitali Klitschko, o autarca de Kiev, a capital, disse hoje que, depois de lançarem um serviço 'online', as autoridades municipais receberam, num só dia, "mais de mil" queixas relacionadas com abrigos fechados, destruídos ou ineficazes.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A guerra causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados das Nações Unidas.

Leia Também: Rússia retira 600 crianças da região fronteiriça de Belgorod

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