Os manifestantes reúnem-se semanalmente desde janeiro para denunciar a reforma judicial promovida pelo executivo liderado por Netanyahu, um dos governos mais à direita da história de Israel, e também o primeiro-ministro, indiciado por vários crimes, tem sido alvo das críticas.
O chefe do Governo anunciou em 27 de março uma "pausa" no projeto para dar uma "oportunidade [...] ao diálogo", mas a mobilização contra as reformas continua forte, assim como as críticas à sua liderança.
De acordo com a imprensa israelita, cerca de 100.000 manifestantes reuniram-se em Telavive, um número significativo num país de nove milhões de habitantes.
A polícia não divulga números oficiais sobre os protestos.
Os manifestantes, agitando bandeiras de Israel, bloquearam ruas hoje, depois de já na sexta-feira à noite, várias centenas terem protestado em frente à residência privada de Netanyahu,
A manifestação, descrita como "não autorizada" pela polícia, foi marcada por incidentes violentos com as forças policiais e pelo menos 17 detenções.
"Continuamos a manifestar-nos para mostrar que, mesmo que tenham feito uma pausa na reforma, continuamos mobilizados e eles não serão capazes de passar sorrateiramente pelas leis", disse Ilit Fayn, de 55 anos que participou do protesto.
"Este Governo corrupto está cheio de bandidos (...) o povo judeu levou 2.000 anos para ter um Estado, não podemos perdê-lo por causa de um bando de fanáticos", disse Arnon Oshri, um agricultor de 66 anos.
Segundo o Governo, a reforma do sistema judicial visa, entre outras coisas, reequilibrar os poderes, reduzindo as prerrogativas do Supremo Tribunal, que o executivo considera politizadas, em benefício do Parlamento.
Mas os críticos dizem que corre o risco de abrir caminho para uma deriva autoritária.
Leia Também: Três soldados israelitas mortos por "polícia" egípcio perto da fronteira