China disponível para dialogar com Japão exceto sobre Taiwan
O ministro da Defesa da China, Li Shangfu, mostrou-se favorável ao diálogo entre a China e o Japão para evitar conflitos, mas instou Tóquio a não tocar na questão de Taiwan, por ser um assunto interno de Pequim.
© NOEL CELIS/AFP via Getty Images
Mundo Li Shangfu
A declaração de Li Shangfu ocorreu no sábado, durante um encontro com o seu homólogo japonês, Yasukazu Hamada, à margem do Diálogo de Shangri-La, o maior fórum de segurança da Ásia, que decorreu entre sexta-feira e hoje, em Singapura.
Segundo noticia hoje o site Asia Nikkei, Li e Hamada destacaram o diálogo "franco e construtivo" entre os países e apertaram as mãos numa sessão fotográfica antes de se reunirem durante 40 minutos.
No discurso de abertura da reunião, Li disse que o Japão e a China devem manter contactos para evitar "fricções ou colisões", mas sublinhou que Taiwan, um território autónomo que Pequim considera uma província desonesta e não exclui a possibilidade de o invadir, está fora do debate.
De acordo com um comunicado do Ministério da Defesa japonês, Hamada manifestou preocupação com a segurança no Mar da China Oriental, especialmente nas ilhas Senkaku, bem como no Mar da China Meridional e na península coreana, devido aos ensaios balísticos da Coreia do Norte.
As ilhas Senkaku são administradas pelo Japão, mas Pequim considera-as suas, pelo que envia frequentemente navios de vigilância par as águas disputadas com Tóqio.
No sábado, Li também se encontrou com o seu homólogo sul-coreano, Lee Jong-sup, com quem discutiu questões de segurança, incluindo as tensões entre Pyongyang e Seul.
Estas reuniões contrastam com a falta de diálogo entre os Estados Unidos da América e a China, depois de Pequim ter rejeitado uma proposta de Washington para que Li e o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, se reunissem no fórum de Singapura.
Nos seus discursos, os dois ministros discordaram sobre Taiwan, com Austin reiterando a vontade de os EUA manterem o 'status quo' na ilha e Li afirmando que Taiwan faz parte da China e não renuncia ao uso da força para reconquistá-la.
Leia Também: EUA dizem que não vão tolerar "intimidação e coação" da China
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com