Em declarações aos jornalistas, em Mansoa, Fernando Dias, candidato a deputado naquela localidade do centro da Guiné-Bissau, afirmou ter informações que apontam "para anomalias, que devem ser corrigidas, a bem do processo eleitoral", disse.
"Fomos informados que alguns cadernos eleitorais estão com nomes trocados, mas já comunicamos a quem de direito essa anomalia para ser imediatamente corrigida porque consta que há pessoas nestas circunstâncias que estão a ser impedidas de votar", advertiu Fernando Dias.
Sobre o facto de muitos eleitores terem os nomes nos cadernos em lugares diferentes de onde foram recenseados, o líder do PRS pediu-lhes que consentissem sacrifícios "se for necessário" para se deslocarem para outras mesas, mesmo que estejam em zonas fora da sua área de residência.
Em relação à votação, Fernando Dias disse pretender um processo "com toda acalmia" e sublinhou que "o povo não quer problema, porque já tem problema que chegue" nomeadamente, disse, "a fome".
"Queremos umas eleições livres, justas e transparentes em cada passo", destacou o líder do PRS.
Em caso de vitória do partido, Fernando Dias adiantou que o seu governo será integrado por "todos os filhos da Guiné-Bissau", independentemente da sua filiação partidária, religião ou etnia, notou.
O líder do PRS anunciou que o partido está em condições de saber os resultados que obteve, logo a seguir à votação de hoje, mas que irá aguardar que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) faça o pronunciamento oficial "para fazer a comparação de dados".
O PRS é um dos 20 partidos e duas coligações eleitorais que disputam as legislativas das quais irão ser escolhidos 102 deputados ao parlamento e o novo governo da Guiné-Bissau.
Cerca de 900 eleitores estão a votar desde às 07h00 horas, num processo que deve terminar às 17h00 (mais uma hora em Lisboa).
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