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Os primeiros vídeos do caos em Kherson: A barragem, as casas e os animais

Tanto o lado ucraniano como russo se acusam da responsabilidade da destruição da barragem em Nova Kakhovka, que está a deixar a zona alagada.

Os primeiros vídeos do caos em Kherson: A barragem, as casas e os animais
Notícias ao Minuto

10:34 - 06/06/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Guerra na Ucrânia

A destruição da barragem localizada em Nova Kakhovka, na região de Kherson, na Ucrânia, está a marcar a atualidade noticiosa desta terça-feira no que diz respeito ao conflito no leste europeu.

Desde que foram publicadas as imagens impressionantes da destruição no local, muitos também têm sido os vídeos que circulam nas redes sociais, mostrando a água a chegar ao centro da cidade onde fica localizada a construção, que, de acordo com a Reuters, tinha - pelo menos, até hoje - uma altura de 30 metros e 3,2 quilómetros (km) de comprimento.

A construção foi feita em 1956 no Rio Dnipro, como parte da Central Hidroelétrica da cidade.

A ocorrência resultou em acusações mútuas, com tanto o lado ucraniano como o russo a acusarem-se mutuamente da destruição da barragem. Enquanto isso, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, partilhou imagens da destruição, culpando as forças russas, e apontando que a responsabilidade é dos "terroristas russos". A situação só confirma, na sua perspetiva, "que nenhum metro de território deverá ser deixado" para as tropas russas.

Já o chefe russo da administração militar de Kherson, Volodymyr Leontyev, defendeu que a situação tinha sido causada pelas força HIMARS ucranianas.

"Isto é o resultado de ataques sucessivos na Central Hidroelétrica de Kakhovka. Tivemos um dia em que 80 HIMARS voaram para a estação", acusou, referindo-se aos sistemas de mísseis utilizados pela Ucrânia, e fornecidos pelos Estados Unidos.

De acordo com a Reuters, a barragem fornece água tanto à Crimeia, região anexada pela Rússia, como também à central nuclear de Zaporíjia. De acordo com os responsáveis com a Agência Internacional de Energia Atómica, a situação nessa central está a ser monitorizada, assim e não existe "perigo imediato" para o local.

Muitas das imagens nas redes sociais mostram não só a destruição da barragem, como também das zonas residenciais - já que, de acordo com a agência RIA, há cerca de 22 mil pessoas em risco devido a esta situação, em 14 zonas circundantes.

Também em estradas e locais mais abandonados, foram registados alguns momentos em que a água já se encontra elevada, como é o caso do jardim zoológico da cidade, onde, de acordo com a página do Twitter 'Ukraine Front Lines', todos os animais terão morrido - não havendo,  no entanto, confirmação oficial.

Também os animais estão a ser salvos, com uma ressalva do Ministérios dos Assuntos Internos do país a dizer para se as pessoas saírem das suas casas, "os libertarem" e "se possível, para os levarem consigo".

Leia Também: Ucrânia. Cheias em Kakhovka não são "perigo imediato" para Zaporíjia

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