EUA ainda avaliam qual o país responsável por destruição de barragem
Os Estados Unidos da América (EUA) afirmaram hoje que ainda estão a avaliar qual o país responsável pela explosão na barragem de Kakhovka, no rio Dniepre, ocorrida esta terça-feira, pela qual Ucrânia e Rússia se acusam mutuamente.
© SAUL LOEB/AFP via Getty Images
Mundo Ucrânia
Em conferência de imprensa, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse ter visto as declarações das autoridades ucranianas, que responsabilizam Moscovo pelo colapso daquela infraestrutura, mas explicou que os EUA ainda estão a tentar esclarecer o ocorrido.
"Neste momento, não posso dizer com certeza o que aconteceu", disse Kirby, observando que o Governo dos EUA está em diálogo com autoridades de Kiev para obter mais informações.
O mesmo porta-voz admitiu que o sucedido terá "certamente (causou) muitas mortes".
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, atribuiu a destruição da barragem a uma "detonação interna" causada pelas forças russas, cujo transbordamento inundou vários municípios e está a forçar a retirada de milhares de pessoas no sul da Ucrânia.
A Rússia, por sua vez, culpou a Ucrânia pelo ataque e vinculou-o à contraofensiva lançada pelas forças de Kiev.
A barragem fica na linha de frente do rio Dniepre, cuja margem esquerda é mantida por tropas russas, enquanto as forças ucranianas estão na margem direita.
Além das consequências humanas do desastre, a explosão da barragem causou preocupação por ser fundamental para o correto funcionamento da central nuclear de Zaporijia, a maior da Europa e sob constante perigo de ataques militares.
A hidroelétrica fica na cidade de Nova Kakhovka, na região de Kherson, sul do país, e está ocupada pelas forças russas desde fevereiro de 2022.
A guerra desencadeada pela invasão russa da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Desconhece-se o número de baixas civis e militares no conflito, mas diversas fontes, incluindo as Nações Unidas, têm admitido que será muito elevado.
A Ucrânia tem contado com o apoio dos aliados ocidentais no fornecimento de armamento, aliados esses que também impuseram sanções contra os interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra no território ucraniano.
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