A saída surge após semanas de agitação na redação, com uma parte desta a contestar a gestão de Licht, que tinha assumido funções em maio de 2022.
Este responsável tinha sucedido a Jeff Zucker, que deixou o cargo depois de ter omitido aos dirigentes da empresa que tinha uma relação amorosa com uma profissional da CNN.
Desde então, Licht tentava relançar o canal de informação contínua, cujas audiências têm sofrido a concorrência da rival conservadora Fox News e também da MSNBC, com uma linha editorial mais à esquerda.
Fez várias mudanças na programação, sem sucesso, e uma emissão em direto e em público com o ex-Presidente Donald Trump, em meados de maio, que acabou por gerar polémica.
O programa foi mal recebido por uma parte da opinião pública e também pela redação, que considerou tratar-se de oferecer sem reservas uma tribuna a Trump, com uma assistência de simpatizantes republicanos.
Além disso, o efeito da emissão nas audiências foi de curta duração, uma vez que dias depois a CNN seria ultrapassada pelo pequeno canal conservador Newsmax no 'ranking' do dia.
Segundo a AFP, a posição de Chris Licht ficou ainda mais fragilizada com a publicação, na semana passada, de um longo artigo da revista The Atlantic sublinhando a rutura entre o dirigente e as suas equipas.
"Infelizmente as coisas não se passaram como esperávamos e assumo a responsabilidade por isso", afirmou o líder da Warner Bros Discovery, a casa-mãe da CNN, David Zaslav, numa nota interna, afirmando ter "um grande respeito pessoal e profissional por Chris".
O canal indicou que ainda não foi escolhido um sucessor e que por enquanto haverá uma equipa de gestão interina, com três vice-presidentes para a área editorial e um responsável pelas atividades comerciais.
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