"Estou pessoalmente grato ao primeiro-ministro Trudeau e a todos os canadianos pelo seu apoio inabalável e inequívoco à nossa liberdade", afirmou o Presidente ucraniano, de acordo com um comunicado presidencial.
Volodymyr Zelensky mencionou a "importância especial" das munições de artilharia de calibre 155, bem como a formação dos pilotos ucranianos para utilizarem os caças F-16, e referiu "progressos" nas conversações sobre a adesão da Ucrânia à NATO.
O Presidente ucraniano garantiu que a Ucrânia "está pronta" a ajudar o Canadá na luta contra os incêndios, pelo seu sentido internacional de "entreajuda", e censurou "certos organismos internacionais" pela indiferença em relação ao "ecocídio", referindo-se às inundações causadas pela destruição da barragem da central hidrelétrica de Kakhovka, da qual Kiev e Moscovo se acusam mutuamente.
Volodymyr Zelensky afirmou ainda que a Rússia está a "fazer todos os possíveis" para que as vítimas do "ecocídio" sejam "o maior número possível", e denunciou o bombardeamento pelo exército russo de vários pontos de retirada de civis em Kherson.
De acordo com o documento assinado por Volodymyr Zelensky e Justin Trudeau, desde fevereiro de 2022 o Canadá atribuiu mais de oito mil milhões de dólares (cerca de 7,7 mil milhões de euros) em ajuda à Ucrânia, incluindo tanques, sistemas de defesa aérea e artilharia.
A declaração confirma o apoio do Canadá à "iniciativa da Ucrânia para alcançar uma paz justa e sustentável baseada na soberania e integridade territorial da Ucrânia", de acordo com os princípios da fórmula de paz proposta por Kiev, que prevê a retirada das forças russas dos territórios que descreve como ocupados.
O primeiro-ministro do Canadá efetuou no sábado uma visita surpresa a Kiev, acompanhado pela vice-primeira-ministra, Chrystia Freeland.
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