O general das Forças Armadas colombianas Pedro Sánchez, que liderou as operações de busca pelas quatro crianças perdidas na Amazónia colombiana durante cerca de 40 dias, vai ser padrinho da pequena Cristín, que completou um ano antes de ser resgatada com os irmãos, na sexta-feira.
O convite foi feito pelo pai dos menores, enquanto voavam para Bogotá.
“Para mim, é uma honra”, terá dito o general, citado pela AFP.
E complementou: “Só temos um filho de 9 anos. Sempre quis adotar outra criança. Quando cheguei a casa, disse à minha esposa que isso tornou-se realidade, vamos ter uma filha, por assim dizer, mesmo que tenha um apelido diferente.”
Também Tien Noriel, de 5 anos, será apadrinhado por outro general e membro da equipa de buscas, de acordo com o mesmo meio.
As crianças foram encontradas com as irmãs Lesly, de 13 anos, e Soleiny, de 9, na tarde de sexta-feira, depois de o avião Cessna 206 em que seguia se ter despenhado, a 1 de maio.
Os menores viajavam com a mãe e outro acompanhante, quando a aeronave desapareceu dos radares, nas imediações de San José del Guaviare, no sul do país, para onde se dirigia.
O pequeno avião foi encontrado a 8 de maio na vertical, com a zona frontal contra o chão, entre uma vegetação densa.
Os meios de salvamento recuperaram três corpos: o do piloto, o da mãe das crianças e o de um dirigente da comunidade indígena Uitoto.
A esperança de que as crianças pudessem ser encontradas com vida foi alimentada pela descoberta, na selva, de objetos pessoais, assim como de fruta parcialmente comida e de um biberão, além de um "abrigo improvisado feito de paus e ramos".
Mais de 100 militares com cães pisteiros estiveram envolvidos nas buscas, com a ajuda de membros da comunidade indígena.
De acordo com as autoridades de proteção civil, o piloto tinha comunicado problemas com o motor do avião antes de este desaparecer dos radares. A causa do acidente ainda não foi determinada.
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