"Os confrontos começaram durante a operação de expulsão dos mineiros ilegais de um acampamento perto de Miski", disse o comandante das operações militares daquela localidade, Daoud Nour, à EFE, acrescentando que "o exército foi atacado por um grupo de bandidos que abriu fogo contra a sua caravana ontem [segunda-feira] às 17:00 locais", menos uma hora em Lisboa.
"Os nossos soldados não hesitaram em responder", disse o comandante, acrescentando que os confrontos se prolongaram pela madrugada de hoje, tendo morrido pelo menos 17 pessoas na segunda-feira e mais sete já hoje.
"Entre as vítimas há oito soldados e 16 atacantes e para já a zona foi libertada e os atacantes fugiram para a Líbia", que faz fronteira, a norte, com o Chade.
Desde o início dos confrontos entre as forças militares e as forças paramilitares no Sudão, o país vizinho a leste, que a população se sente mais insegura, disse o chefe do cantão de Miski: "Pedimos ao governo que reforce a segurança da zona, porque a nossa população está a sofrer por causa destes bandidos, que às vezes roubam os comerciantes quando viajam, chegando a matar os viajantes e a levar os seus pertences".
Desde a descoberta de grandes quantidades de ouro em 2015 na província de Tibeste que o território se converteu num cenário de confrontos regulares entre a população local, as forças de segurança do Chade e os garimpeiros ilegais.
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