Estados Unidos criticam envio de armas nucleares russas para Bielorrússia
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, classificou hoje a entrega de armas nucleares táticas russas à Bielorrússia como uma "provocação", mas pediu cautela e descartou uma resposta nuclear de Washington.
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"Continuaremos a monitorizar a situação de perto e com cautela. Não temos motivos para reajustar a nossa política nuclear. Não há indícios de que a Rússia esteja a preparar-se para usar as armas", disse o chefe da diplomacia norte-americana.
Blinken defendeu que a transferência deste tipo de armas para a Bielorrússia é mais uma "provocação" por parte do Kremlin e uma "decisão irresponsável" do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que acusa de estar a ceder a soberania ao país vizinho.
O secretário de Estado norte-americano disse que é irónico que o líder russo, Vladimir Putin, esteja a colocar armas nucleares táticas na Bielorrússia, quando um dos pretextos que usou para a invasão na Ucrânia foi justamente impedir que Kiev ficasse dotada de armas atómicas.
Blinken lembrou que tanto a Ucrânia como a Bielorrússia desistiram voluntariamente das suas armas nucleares quando a União Soviética se desintegrou.
Hoje, Putin anunciou que a Rússia transferiu as primeiras armas nucleares táticas para a Bielorrússia.
"As primeiras ogivas nucleares foram entregues no território da Bielorrússia", disse Putin, numa intervenção no Fórum Económico Internacional de São Petersburgo.
A transferência de armas nucleares táticas russas para o país vizinho foi anunciada em março por Putin e pelo homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko.
Os ministros da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, e da Bielorrússia, Viktor Khrenin, assinaram no final de maio, em Minsk, os documentos que regulam o armazenamento de armas nucleares não estratégicas no território da ex-República soviética.
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