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Moscovo recomenda que deixem de ser publicados obituários da guerra

O Ministério da Defesa russo recomendou aos governadores das regiões russas com mais soldados mortos na Ucrânia que parem de publicar obituários, adiantou hoje a publicação Verstka, fundada por jornalistas independentes.

Moscovo recomenda que deixem de ser publicados obituários da guerra
Notícias ao Minuto

23:43 - 20/06/23 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

Segundo esta fonte, citada pela agência Efe, os governadores da Buriácia, Vologda, Tuva e três outras regiões receberam esta recomendação.

Esta ordem tinha sido primeiro registada pelo órgão de comunicação Sibir.Realii, que indicou que as autoridades de Jakasia receberam um pedido do Ministério da Defesa da Rússia para não publicar obituários de soldados e mercenários que morreram na Ucrânia.

Um dos argumentos das autoridades federais é que estes obituários são utilizados pela delegação russa da BBC e pelo portal independente Mediazona para calcular as perdas das Forças Armadas no conflito no país vizinho.

O Ministério da Defesa russo não publica novos dados sobre vítimas desde setembro de 2022, quando o ministro Serguei Shoigu reconheceu 5.937 mortos no campo de batalha.

Segundo cálculos da BBC e da Mediazona, pelo menos 25.218 soldados morreram até agora na guerra.

Uma fonte da Verstka adiantou que a preocupação de Moscovo é que informações sobre militares mortos possam causar agitação em regiões com o maior número de mortos.

Segundo os cálculos dos jornalistas, as maiores perdas registam-se em Krasnodar (959), Sverdlovsk (955) e Chelyabinsk (808).

Em Khakassia (144 mortes de acordo com a contagem da BBC e Mediazona), o último obituário foi publicado no final de abril, e o governador de Vologda (260 mortes até agora), Oleg Kuvshinnikov, comentou pela última vez as mortes registadas na sua região em fevereiro.

O responsável da Buriácia parou de publicar obituários em dezembro de 2022, sendo que, de acordo com os 'media', esta é a quinta região russa com mais soldados mortos em combate e é conhecida como a província onde foi executada a mobilização parcial decretada em setembro pelo Presidente Vladimir Putin.

Em Moscovo, o presidente da câmara Sergei Sobyanin não comentou o número de moscovitas mortos na Ucrânia desde o início da guerra (193, segundo a BBC e a Mediazona) e o governador de São Petersburgo não expressou condolências nos seus canais da rede social Telegram desde final de abril de 2022, refere o Verstka.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: Invasão da Ucrânia causou danos ecológicos superiores a 52 mil milhões

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