O Kremlin reafirmou, esta quarta-feira, que "não há motivos" para estender o acordo de cereais no Mar Negro, que expira em julho, afirmando que o mesmo, mediado pela Turquia e pela ONU, não está a ser aplicado adequadamente.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, explicou, em declarações aos jornalistas, citadas pela Sky News, que a ONU foi forçada a reconhecer que "infelizmente, não está a conseguir exercer a influência necessária sobre os países do Ocidente para cumprir a parte russa do acordo".
Peskov referia-se a uma lista de exigências russas, tais como a remoção do que Moscovo diz serem obstáculos à exportação dos seus próprios cereais e fertilizantes.
Recorde-se que, já na semana passada, o presidente russo avançou estar a considerar abandonar o acordo sobre a exportação de cereais ucranianos, principalmente porque, segundo Moscovo, as cláusulas sobre a exportação de fertilizantes russos não foram respeitadas.
"Estamos agora a pensar em retirar-nos deste acordo sobre cereais (...). Muitas das condições que deveriam ser aplicadas não foram respeitadas", disse Vladimir Putin durante um encontro televisivo com correspondentes de guerra russos.
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