Ucrânia quer ajuda de Israel para se defender de 'drones' iranianos
A Ucrânia quer a ajuda de Israel para se proteger dos 'drones' iranianos que a Rússia está a utilizar na guerra contra o país, afirmou hoje o chefe de gabinete do presidente ucraniano.
© Ukrainian Presidential Press Service/Handout via REUTERS
Mundo Guerra na Ucrânia
"Creio que hoje é Israel que pode ajudar a Ucrânia na questão da proteção contra os 'drones' iranianos", disse Andriy Yermak durante uma videoconferência com organizações judaicas.
"Esperamos criar uma iniciativa conjunta a este respeito", acrescentou o chefe de gabinete de Volodymyr Zelensky, citado num comunicado divulgado pela presidência ucraniana.
Kyiv tem acusado Moscovo de usar aeronaves não tripuladas fornecidas pelo Irão para ataques contra civis e infraestruturas civis na guerra que iniciou com a invasão do país vizinho, em 24 de fevereiro de 2022.
O Irão começou por negar o fornecimento de 'drones' à Rússia, mas admitiu posteriormente ter entregado estas armas a Moscovo meses antes da guerra.
Durante a videoconferência, em que participaram jornalistas israelitas, Yermak apelou para o reforço da assistência militar de Israel à Ucrânia.
Agradeceu também o apoio manifestado a Zelensky, que é judeu, quando o líder russo, Vladimir Putin, o descreveu como um "desgraça para o povo judeu".
"O Kremlin [presidência russa] não só tolera, como incita ao crescimento da xenofobia e do antissemitismo, não só na Rússia, mas também em todo o mundo", afirmou Yermak.
"É por isso que é extremamente importante uma reação pública decisiva por parte de figuras públicas judaicas e uma posição transparente da liderança política do país", acrescentou.
Num discurso em São Petersburgo, na sexta-feira, Putin disse ter amigos judeus que "dizem que Zelensky não é judeu, mas uma vergonha para o povo judeu".
A Ucrânia tem contado com apoio ocidental no fornecimento de armamento para combater as tropas russas.
Os aliados ocidentais de Kyiv também decretaram sanções contra interesses russos, do petróleo aos diamantes, para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço da guerra contra a Ucrânia.
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