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UE considera que Kyiv caminha em direção à abertura de negociações

A União Europeia (UE) considerou hoje que a Ucrânia, apesar da guerra e dos repetidos ataques da Rússia, caminha em direção à abertura das negociações de adesão com o bloco e elogiou as reformas em diversos setores.

UE considera que Kyiv caminha em direção à abertura de negociações
Notícias ao Minuto

23:57 - 22/06/23 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

Um relatório interno que apenas aborda as alterações que os países necessitam de efetuar para iniciar as conversações, o comissário para o Alargamento da UE, Oliver Varhelyi, disse que Kiev "completou" dois dos sete passos, nas áreas do aparelho judicial e da liberdade dos 'media', e registou "bons progressos" na reforma do Tribunal Constitucional.

No entanto, registou apenas "alguns progressos" no combate à corrupção, lavagem de dinheiro e sistema dos oligarcas, e que na abordagem às minorias nacionais ainda são necessárias recomendações do Conselho da Europa, o organismo de direitos humanos do continente.

O relatório completo de Bruxelas sobre os progressos da Ucrânia para a abertura oficial das conservações de adesão está previsto para outubro. O Presidente Volodymyr Zelensky disse que pretende iniciar estas conversações oficiais no final de 2023. No entanto, e a melhor das circunstâncias, preveem-se vários anos para a integração plena no bloco comunitário.

A UE tem sido um dos mais firmes apoiantes da Ucrânia na guerra contra a Rússia, acolheu milhões de refugiados e forneceu a Kiev milhares de milhões de euros em ajuda para evitar a implosão financeira do país.

A Ucrânia apenas terá condições para se juntar ao bloco dos 27 caso garanta novas e robustas intervenções financeiras dos Estados-membros, consiga reconstruir a sua economia e adaptar-se aos padrões comunitários.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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