UE considera que Kyiv caminha em direção à abertura de negociações
A União Europeia (UE) considerou hoje que a Ucrânia, apesar da guerra e dos repetidos ataques da Rússia, caminha em direção à abertura das negociações de adesão com o bloco e elogiou as reformas em diversos setores.
© Reuters
Mundo Guerra na Ucrânia
Um relatório interno que apenas aborda as alterações que os países necessitam de efetuar para iniciar as conversações, o comissário para o Alargamento da UE, Oliver Varhelyi, disse que Kiev "completou" dois dos sete passos, nas áreas do aparelho judicial e da liberdade dos 'media', e registou "bons progressos" na reforma do Tribunal Constitucional.
No entanto, registou apenas "alguns progressos" no combate à corrupção, lavagem de dinheiro e sistema dos oligarcas, e que na abordagem às minorias nacionais ainda são necessárias recomendações do Conselho da Europa, o organismo de direitos humanos do continente.
O relatório completo de Bruxelas sobre os progressos da Ucrânia para a abertura oficial das conservações de adesão está previsto para outubro. O Presidente Volodymyr Zelensky disse que pretende iniciar estas conversações oficiais no final de 2023. No entanto, e a melhor das circunstâncias, preveem-se vários anos para a integração plena no bloco comunitário.
A UE tem sido um dos mais firmes apoiantes da Ucrânia na guerra contra a Rússia, acolheu milhões de refugiados e forneceu a Kiev milhares de milhões de euros em ajuda para evitar a implosão financeira do país.
A Ucrânia apenas terá condições para se juntar ao bloco dos 27 caso garanta novas e robustas intervenções financeiras dos Estados-membros, consiga reconstruir a sua economia e adaptar-se aos padrões comunitários.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
Leia Também: Kyiv "perdeu efeito surpresa" mas está a guardar trunfos
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com