Rússia não informará EUA sobre número de armas nucleares na Bielorrússia
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo defendeu que "durante décadas, os Estados Unidos mantiveram as suas armas nucleares táticas no território de vários países europeus e nunca deram números exatos".
© Stefan Wermuth/Bloomberg via Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Ryabkov, afirmou, esta sexta-feira, que não vai informar os Estados Unidos sobre o número de armas nucleares armazenadas na Bielorrússia ou sobre os testes dos torpedos nucleares Poseidon.
"Duvido profundamente que este assunto venha a ser objeto de qualquer discussão pública ou divulgação da nossa parte", disse Ryabkov aos jornalistas, citado pela agência de notícias Reuters.
"Durante décadas, os Estados Unidos mantiveram as suas armas nucleares táticas no território de vários países europeus e nunca deram números exatos", acrescentou.
Sublinhe-se que as armas de curto alcance e os torpedos não são abrangidos pelo Tratado New Start, que limita os arsenais nucleares estratégicos dos dois países. A participação da Rússia no tratado foi suspensa pelo presidente russo, Vladimir Putin, mas ambas as partes comprometeram-se em continuar a respeitar os seus limites.
O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, anunciou, há cerca de um mês, que a Rússia já havia começado a transferir armas nucleares para o seu país, cumprindo o anúncio feito em março pelo líder russo.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de nove mil civis morreram e quase 15 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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