Tiago Faria Lopes adiantou que, numa assembleia de empresa que hoje ocorreu, os pilotos aprovaram o novo AE, tendo 83,6% dos presentes votado favoravelmente.
Questionado sobre as principais alterações do AE, o presidente do SPAC defendeu que o mais importante é "a paz social".
"Este acordo foi muito difícil, foi muito negociado", referiu, destacando que "naturalmente os cortes [salariais] acabam por deixar de existir" e garantindo que "vai haver um aumento de produtividade".
"O pagamento é de acordo com o aumento da produtividade, isso é natural", indicou, salientando que "a TAP, a partir de setembro, vai deixar de ter contratações externas de companhias estrangeiras e nacionais, à exceção da Portugália, porque faz parte do grupo".
Acabarão assim os contratos de prestação de serviços ACMI ('aircraft crew maintenance insurance') que tantas críticas mereceram dos sindicatos.
Com esta decisão, destacou Tiago Faria Lopes, há um "lado muito positivo da imagem, que não é quantificável", visto que "os passageiros que compram o bilhete TAP voam na TAP, não há dúvidas sobre isso", referiu.
O novo AE "aplica-se apenas aos pilotos sindicalizados e entra em vigor cinco dias após a sua publicação no Boletim do Trabalho e Emprego, até 31 de dezembro de 2026", disse o SPAC, numa nota hoje divulgada.
À imagem do que aconteceu com os restantes trabalhadores da TAP, os pilotos sofreram cortes salariais, negociados devido ao impacto da pandemia na atividade da transportadora.
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