Líder do grupo Wagner diz que as suas forças abateram helicóptero russo

O chefe do grupo mercenário russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, informou esta madrugada que as suas forças abateram um helicóptero do exército russo.

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© Press service of "Concord"/Handout via REUTERS

Lusa
24/06/2023 06:24 ‧ 24/06/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"Um helicóptero abriu fogo contra uma coluna de civis e foi abatido pelas tropas Wagner", disse, num áudio publicado na plataforma de mensagens Telegram.

Pouco antes, afirmou que dois aviões da Força Aérea russa tentaram atacar a coluna que alegadamente entrou na região russa de Rostov, no sul do país, e avança em direção a Moscovo.

O governador de Rostov, Vasily Golubev, afirmou também no Telegram que "a situação exige a concentração máxima de todas as forças para manter a ordem".

"A polícia está a tomar todas as medidas necessárias para garantir a segurança da população da região. Peço a todos que mantenham a calma e não saiam de casa desnecessariamente", acrescentou.

As autoridades bloquearam a estrada que sai da capital regional, onde foram vistos veículos blindados, segundo o canal Astra.

VKontakte, o Facebook russo, bloqueou a página de Prigozhin, onde tinham sido publicados os áudios em que este desafiava o Ministério da Defesa russo.

O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, anunciou que o seu exército privado cruzou a fronteira russa na região do Rostov, sul do país, e disse estar disposto a "ir até ao fim", após apelar a uma rebelião contra o comando militar do país.

Antes, a agência noticiosa russa Tass anunciou a instauração de medidas de segurança em Moscovo.

O ministério da Defesa russo também afirmou que as forças ucranianas se preparam para atacar perto da cidade de Bakhmut (leste da Ucrânia), "aproveitando" o caos provocado pelo apelo à rebelião emitido por Prigozhin.

O FBS anunciou uma investigação ao líder do grupo paramilitar Wagner, após Yevgeny Prigozhin ter apelado a uma revolta contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.

"As alegações divulgadas em nome de Yevgeny Prigozhin não têm fundamento. (...) O FSB [serviços de segurança russos] abriu uma investigação por convocação de um motim armado", referiu o Comité Nacional Antiterrorista da Rússia em comunicado, citado pelas agências de notícias russas.

O líder do grupo paramilitar Wagner disse ter 25.000 soldados às suas ordens e instou os russos a juntarem-se a estes numa "marcha pela justiça".

"Este não é um golpe militar, mas uma marcha pela justiça, as nossas ações não atrapalham as Forças Armadas", assegurou, numa mensagem de áudio.

Prigozhin acusara antes o Exército russo de realizar ataques a acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.

As acusações de Prigozhin expõem as profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.

O líder do grupo Wagner já tinha afirmado que o Exército russo está a recuar em vários setores do sul e leste da Ucrânia, Kherson e Zaporíjia, respetivamente, e em Bakhmut, contradizendo as afirmações de Moscovo de que a contraofensiva de Kyiv era um fracasso.

Leia Também: Putin "continuamente informado" da situação após rebelião do grupo Wagner

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