Bruxelas diz que rebelião é "assunto interno russo", mas segue situação
Grupo paramilitar Wagner já ocupou instalações militares em Rostov.
© Lusa
Mundo Guerra na Ucrânia
A Comissão Europeia defendeu hoje que a rebelião do grupo paramilitar Wagner, que já ocupou instalações militares em Rostov, é um "assunto interno" da Rússia, mas está a acompanhar o desenrolar da situação.
"Isto é um assunto interno russo. Estamos a monitorizar a situação", referiu o porta-voz da Comissão Eric Mamer, numa curta declaração enviada aos jornalistas.
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, reivindicou hoje a ocupação de Rostov, cidade-chave no sul da Rússia para guerra na Ucrânia, e apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou a ação do grupo paramilitar de rebelião, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".
Prigozhin acusara antes o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.
As acusações de Prigozhin expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.
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