NATO adverte para não subestimar Rússia e revela aumento da preparação

O secretário-geral da NATO avisou que o poder das forças armadas russas não deve ser subestimado, após a rebelião contra o país dos mercenários do grupo Wagner, e anunciou a possibilidade de aumentar a prontidão da aliança.

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© Omar Havana/Getty Images

Lusa
28/06/2023 00:04 ‧ 28/06/2023 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

Jens Stoltenberg disse hoje que a aliança pode aumentar a força e prontidão para enfrentar a Rússia e a sua aliada Bielorrússia quando os líderes da NATO se reunirem na capital lituana de Vilnius em 11 e 12 de julho.

"Portanto, sem mal-entendidos e sem espaço para mal-entendidos em Moscovo ou Minsk sobre a nossa capacidade de defender os nossos aliados contra qualquer ameaça potencial", afirmou Jens Stoltenberg.

Numa reunião em Haia de oito líderes da NATO, o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, afirmou que os países vizinhos podem enfrentar um perigo maior se o Grupo Wagner enviar os seus "assassinos em série" para a Bielorrússia.

O secretário-geral da NATO disse ser ainda cedo para tirar conclusões sobre o que o líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, e as suas forças podem fazer ou se todos vão acabar na Bielorrússia.

Os líderes concordaram que, dada a rebelião de curta duração dos mercenários Wagner na Rússia, os aliados devem continuar a reforçar as suas forças ao longo do flanco oriental da NATO para desencorajar o presidente russo, Vladimir Putin, a expandir a guerra.

A NATO respondeu à invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022, estabelecendo grupos de batalha multinacionais na Eslováquia, Hungria, Roménia e Bulgária, que complementam outros quatro estabelecidos em 2017 nos três estados bálticos e na Polónia, para expandir a presença da NATO do Báltico ao Mar Negro.

A Alemanha, na segunda-feira, disse que está pronta para basear forças permanentemente na Lituânia, se necessário.

O Primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, e Jens Stoltenberg reuniram-se com os presidentes da Roménia e Polónia e líderes da Bélgica, Noruega, Albânia e Lituânia num subúrbio arborizado de Haia.

O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, reivindicou no sábado a ocupação de Rostov, cidade-chave no sul da Rússia para guerra na Ucrânia, e apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.

Ao fim da tarde de sábado, o líder do grupo Wagner suspendeu as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas após ter ocupado Rostov, cidade estratégica para a guerra na Ucrânia, no sudoeste do país.

Leia Também: AM de Lisboa quer relatório sobre Associação dos Ucranianos em Portugal

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