Ucrânia teve a maior queda no Índice Global da Paz de 2023

A Ucrânia foi o país que sofreu a maior queda - no Índice Global da Paz de 2023, descendo 14 posições para o 157.º lugar, segundo o 'ranking' divulgado hoje pelo Instituto para a Economia e Paz (IPE).

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© BRENDAN SMIALOWSKI/AFP via Getty Images

Lusa
29/06/2023 12:58 ‧ 29/06/2023 por Lusa

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De acordo com o documento, o impacto económico da violência aumentou em 479%, representando 449 mil milhões de dólares (411 mil milhões de euros), equivalente a 64% do Produto Interno Bruto (PIB) da Ucrânia.

Cerca de 65% dos homens na Ucrânia com idade entre 20 e 24 anos fugiram do país ou morreram no conflito.

Por outro lado, os países que estão no topo do Índice Global da Paz (GPI, sigla em inglês), com a melhor pontuação, são a Islândia, em primeiro lugar, seguida de Dinamarca, Irlanda, Nova Zelândia e Áustria, enquanto Portugal aparece em 7.º lugar.

O Afeganistão (163º lugar) foi considerado o país menos pacífico do mundo pelo GPI, seguido do Iémen, Síria, Sudão do Sul e República Democrática do Congo.

A Rússia ficou no 158º lugar, logo depois da Ucrânia, entre os países menos pacíficos a nível mundial.

Apesar do conflito na Ucrânia, a taxa de detenções na Rússia, as manifestações violentas, o impacto do terrorismo e as taxas de homicídios melhoraram no ano passado, com a taxa de homicídios no seu nível mais baixo desde 2008.

No documento elaborado pelo 'think tank' australiano, refere-se que o nível médio da paz global se deteriorou pelo nono ano consecutivo. Após a pandemia da covid-19, a agitação civil e a instabilidade política permanecem altos, enquanto os conflitos regionais e globais estão a acelerar.

Apesar de 84 países terem registado uma melhoria nas suas avaliações sobre a paz, 79 nações pioraram neste tema, segundo o estudo.

De acordo com o documento, as mortes por conflitos globais aumentaram 96%, situando-se em 238.000.

Novos dados mostraram que foi registado um maior número de mortes no conflito da Etiópia do que na Ucrânia, eclipsando o pico global anterior durante a guerra na Síria.

Setenta e nove países testemunharam níveis crescentes de conflito, incluindo a Etiópia, em Myanmar, na Ucrânia, em Israel e na África do Sul.

O impacto económico global da violência aumentou 17%, para 17,5 biliões (15,7 biliões de euros) em 2022, equivalente a 13% do PIB mundial.

De acordo com o documento, um bloqueio chinês a Taiwan causaria uma queda na produção económica global de 2,7 biliões de dólares (2,4 biliões de euros), quase o dobro da perda que ocorreu devido à crise financeira global de 2008.

Com o conflito na Ucrânia, 92 países aumentaram os seus gastos militares, mas 110 diminuíram os seus efetivos de pessoal militar.

Os conflitos estão a tornar-se mais internacionais, com 91 países agora envolvidos em algum tipo de conflito no estrangeiro, contra 58 em 2008.

Leia Também: Costa vê Rússia com menor coesão interna depois de rebelião Wagner

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