Trump diz que Putin ficou "um pouco enfraquecido" após rebelião
Antigo presidente dos Estados Unidos falou sobre os mais recentes acontecimentos na Rússia e abordou o conflito na Ucrânia.
© Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
Donald Trump considerou que o presidente russo, Vladimir Putin, ficou "um pouco enfraquecido" após a curta rebelião levada a cabo pelo grupo Wagner na Rússia.
"Você poderia dizer que ele [Putin] ainda está lá, ainda é forte, mas certamente ele foi, eu diria, um pouco enfraquecido, pelo menos na mente de muitas pessoas", defendeu o antigo presidente dos Estados Unidos numa entrevista à Reuters, na quinta-feira.
No entanto, alertou que não sabemos qual seria a "alternativa" se Putin deixasse de estar no poder. "Poderia ser melhor, mas poderia ser muito pior", disse Trump.
O antigo chefe de Estado norte-americano, que é um admirador de longa data de Putin, tal como nota a Reuters, comentou ainda as acusações do Tribunal Penal Internacional contra o presidente da Rússia e defendeu que o destino do líder russo deveria ser discutido apenas no fim do conflito na Ucrânia. Trump entende que ao "tocar nesse assunto" agora, nunca será alcançada "a paz".
Na mesma entrevista, Trump, que apelidou a guerra de "ridícula" disse ainda que é hora de os Estados Unidos tentarem mediar um acordo de paz e não descartou que a Ucrânia possa ter de ceder algum território à Rússia para parar o conflito.
Recorde-se que o líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, avançou, na sexta-feira, com uma rebelião na Rússia, que acabou por suspender menos de 24 horas depois, já após ter ocupado Rostov, uma importante cidade no sul do país para a logística da guerra na Ucrânia.
Prigozhin acusara antes o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, provocando "um número muito grande de vítimas". As acusações foram negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.
A 24 de fevereiro do ano passado, Moscovo lançou uma ofensiva militar na Ucrânia, que tem sido justificada pelo presidente russo com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia.
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