Hungria. Bloquear as conclusões sobre migração foi "luta pela liberdade"
O primeiro-ministro húngaro disse hoje que o voto contra da Hungria no ponto sobre as migrações discutido no primeiro dia da cimeira da União Europeia (UE), que decorre em Bruxelas, "foi uma luta pela liberdade e não uma rebelião".
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Mundo Cimeira
Em declarações à rádio pública Kossuth, após ser questionado sobre a informação divulgada na imprensa internacional de que a Polónia e a Hungria tinham bloqueado a aprovação da cimeira do primeiro dia da cimeira das conclusões sobre as migrações, Viktor Orbán respondeu: "Foi uma luta pela liberdade e não uma rebelião".
O primeiro-ministro da Hungria reiterou que os líderes da UE concordaram que todas as decisões sobre migração seriam tomadas por votação unânime.
Mas esta é uma questão que divide os países, tendo a Polónia e a Hungria votado contra por contestarem as novas regras europeias para gerir migrações.
Apesar disso, o pacto de migração da UE foi aprovado, o que levou Orbán a considerar que o procedimento foi "inaceitável".
O líder húngaro lembrou que a Hungria, de acordo com o pacto, deveria aceitar pelo menos 10.000 refugiados e acrescentou que o país centro-europeu "não tem intenção de aplicar essas medidas".
Na quinta-feira à noite, após o primeiro dia do encontro de líderes comunitários, o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, afirmou que os obstáculos no debate sobre imigração não estavam "no conteúdo" e que era preciso ver durante a noite, até que a reunião fosse retomada pela manhã, se os líderes conseguirem fechar as conclusões.
Em todo o caso, acrescentou que se estas conclusões não forem adiante, isso não constituirá um "grande problema" porque existe um amplo consenso entre os 27 sobre a dimensão externa da migração.
Já Orbán enfatizou que na questão da migração "a Hungria deu o exemplo", lembrando que defende com cercas as suas fronteiras meridionais, enquanto os pedidos de asilo só podem ser apresentados em embaixadas em países terceiros, fora da UE, antes de entrar o país.
Tanto a Hungria como a Polónia defendem o reforço das fronteiras externas da UE e rejeitam o acordo alcançado no início deste mês que estabelece uma quota para requerentes de asilo recolocados e obriga os Estados a pagar 20 mil euros por migrante não aceite.
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