Irão pede que França "mostre contenção" e termine "tratamento violento"
O Irão pediu hoje ao Governo francês para terminar o "tratamento violento" da sua população e para que "mostre contenção" nos tumultos desencadeados pela morte de um jovem assassinado pela polícia.
© Getty Images
Mundo Morte de Naël
"Recomendamos que o Governo francês e a polícia prestem atenção às exigências dos manifestantes, mostrando contenção e evitando qualquer violência", escreveu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Nasser Kanaani, na plataforma social Twitter.
"O Governo francês deve pôr termo ao tratamento violento da sua população, respeitando os princípios da dignidade humana, da liberdade de expressão e do direito dos cidadãos a manifestarem-se pacificamente", acrescentou.
De acordo com o porta-voz, citado pela agência France-Presse (AFP), "as relações discriminatórias com a população imigrante e o facto de certos países europeus não aceitarem e não corrigirem os seus maus comportamentos criaram condições desfavoráveis para os cidadãos europeus, incluindo em França".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros instou ainda os iranianos para evitarem "fazer viagens desnecessárias a França no contexto da atual crise".
Os órgãos de comunicação social franceses têm-se focado na onda de violência em várias cidades francesas depois da morte de um jovem pela polícia em Nanterre, durante uma operação de trânsito.
O Irão foi palco de protestos durante o outono, após a morte de Mahsa Amini, detida por não ter respeitado o código de vestuário imposto às mulheres, tendo criticado os países europeus pela solidariedade expressada na ocasião.
Em 14 de outubro, Kanaani criticou a "interferência" do Presidente francês, Emmanuel Macron, que tinha manifestado o seu apoio.
Pelo menos 719 pessoas foram detidas e 45 polícias ficaram feridos na quinta noite consecutiva de distúrbios em França por causa da morte de um adolescente abatido na terça-feira pelas forças de segurança, segundo dados hoje divulgados pelo Ministério do Interior.
O ministro do Interior francês anunciou no sábado que seria mantida a mobilização de 45.000 polícias e guardas nacionais para enfrentar uma potencial noite de protestos e tumultos pela morte de Naël M., um jovem de 17 anos que foi na passada terça-feira alvejado à queima-roupa por um polícia durante um controlo de trânsito.
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