"Quero reiterar que os Estados Unidos apoiam totalmente a adesão da Suécia à NATO. O resultado final é simples: a Suécia fortalecerá a nossa aliança", disse Joe Biden no Salão Oval, acrescentando que Estocolmo partilha o "mesmo conjunto de valores" das restantes nações que integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
O chefe de Estado afirmou ainda que a Suécia, através do seu acordo bilateral com os Estado Unidos, está a "enfrentar os desafios que mais importam para o povo", apontando a crise climática como um exemplo.
"E estamos a intensificar a proteção dos nossos valores democráticos compartilhados, incluindo o fornecimento de segurança e assistência militar" à Ucrânia, disse o líder Democrata.
Kristersson, por sua vez, agradeceu a Biden pelo convite e disse que a Suécia "agradece muito" o apoio norte-americano à adesão do seu país à Aliança.
"Agradecemos muito o seu forte apoio. Procuramos proteção comum, mas também achamos que temos coisas para contribuir", afirmou o primeiro-ministro sueco.
Em declarações antes da reunião, Kristersson agradeceu ainda a Biden pela "liderança e unidade transatlântica" que estabeleceu e elogiou os esforços do Democrata para combater a crise climática e os "desafios que a China cria às Democracias".
Posteriormente, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, defendeu que a Suécia deve aderir à NATO "o mais rapidamente possível" porque tem fortes capacidades militares, partilha os valores da aliança e "contribuirá para a segurança europeia".
Em contagem decrescente para a cimeira da Aliança, que acontece na próxima semana na Lituânia, Joe Biden recebeu hoje na Casa Branca Ulf Kristersson para discutir o processo de adesão de Estocolmo à NATO, bem como o apoio à Ucrânia.
A Suécia foi "convidada" a aderir à Aliança Atlântica desde junho de 2022, mas a sua candidatura, que tem de ser ratificada por todos os 31 Estados-membros da organização, está bloqueada pela Turquia e pela Hungria.
Na segunda-feira, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, indicou que Ancara não está ainda pronta para ratificar a adesão da Suécia à NATO, defendendo um maior esforço por parte de Estocolmo, em particular na luta contra organizações terroristas e a islamofobia, para a conclusão do processo.
Está convocada para quinta-feira em Bruxelas uma reunião de altos funcionários da Turquia e da Suécia, que deve incluir os respetivos ministros dos Negócios Estrangeiros, chefes dos serviços de informações e conselheiros de segurança, para tentar superar as objeções turcas à adesão de Estocolmo.
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