"A Fundação Amílcar Cabral vem por esta via informar que a Polícia Nacional recuperou todos os objetos que foram roubados", anunciou a instituição, em comunicado.
"Agradecemos à Polícia Nacional e à Polícia Judiciária pela excelente atuação, aos meios de comunicação social que apoiaram na divulgação e a todos que solidarizaram connosco", concluiu a nota da fundação.
A mesma fonte não avançou, entretanto, se foram detidos os presumíveis autores do assalto, em que foram levados objetos do seu patrono, entre os quais uma mala de viagem e duas camisas que pertenciam a Amílcar Cabral (1924-1973), considerado o pai das nacionalidades cabo-verdiana e guineense.
"São peças únicas, de valor histórico incalculável que fazem parte do acervo do Museu Amílcar Cabral", sublinhou na quinta-feira a instituição, em instalações em albergam ainda o museu do seu patrono.
O assalto ocorreu ao final da tarde de quarta-feira, feriado e dia em que o país assinalou 48 anos da sua independência de Portugal, em 1975.
A Fundação Amílcar Cabral fica situada no Plateau, centro histórico da cidade da Praia, atrás da Igreja Nossa Senhora da Graça, em frente à Procuradoria da Justiça, e numa zona com muitas outras instituições públicas e privadas, entre as quais a Presidência da República, mas que ao fim de semana e feriado regista pouco movimento de pessoas.
À hora do assalto, a menos de 200 metros, o Presidente da República, José Maria Neves, realizava a cerimónia de condecoração precisamente com a Ordem Amílcar Cabral da viúva do primeiro Presidente de Angola, Maria Eugénia Neto, segundo grau, e do antigo primeiro-ministro da Tanzânia e antigo secretário-geral da Organização da União Africana (OUA), Salim Ahmed Salim, primeiro grau, e decorriam várias atividades para comemorar os 48 anos da independência.
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