Bombas de fragmentação? "Ou têm armas para parar russos agora... ou não"
O líder dos Estados Unidos, Joe Biden, explicou que enviar bombas de fragmentação para a Ucrânia foi uma decisão "difícil" que "demorou a tomar". Biden sublinha ainda, numa entrevista que será emitida na CNN Internacional no domingo, que consultou os aliados e o Congresso.
© Al Drqago/Bloomberg via Getty Images
Mundo EUA
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, considerou, esta sexta-feira, que a decisão de enviar bombas de fragmentação para a Ucrânia "foi muito difícil".
O anúncio foi feito em conferência de imprensa pelo conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, esta tarde de sexta-feira. A dificuldade na tomada de decisão já tinha sido abordada por este responsável, mas agora, numa entrevista que será transmitida pela CNN Internacional no domingo, Biden reforça (e desenvolve) o processo de tomada de decisão.
"Foi uma decisão muito difícil para mim. E, já agora, falei sobre isto com os aliados. Falei com os nossos amigos no Capitólio", referiu o responsável, no programa 'GPS'.
O líder norte-americano sublinhou ainda que os ucranianos "estão a ficar sem munições" e que as munições de dispersão que serão enviadas dizem respeito a um período transitório.
"Aceitei a recomendação do Departamento da Defesa para, de forma não permanente, permitir [as bombas de fragmentação] para um período de transição, enquanto conseguimos mais armas de 155 milímetros”, referiu Biden durante a entrevista, explicando que foi uma decisão que "demorou a tomar".
"[Os ucranianos] ou têm as armas para parar os russos agora - e impedem-nos de parar a contraofensiva ucraniana em algumas áreas - ou não. Acho que precisam delas", apontou.
A decisão poderá tornar-se polémica, uma vez que enquanto os EU permitem o uso deste tipo de armas - assim como a Ucrânia e Rússia -, mais de 100 países assinaram a Convenção sobre Munições de Dispersão, um tratado Os perigos adjacentes podem vir a ser colocados em cima da mesa por grupos na defesa dos direitos humanos
A questão dos civis, que muitas vezes são as vítimas destas bombas - até pela falta de limpeza dos terrenos de um território em guerra - foi abordada pelos EUA e Ucrânia. Segundo o Pentágono, Kyiv deu garantias de que não seriam usadas junto de zonas com populações.
Segundo a BBC, as crianças são vítimas particularmente 'fáceis' neste âmbito, já que as pequenas bombas que são espalhadas - e que ficam por detonar - podem ser confundidas com um brinquedo ou outro objeto que, por curiosidade, as crianças pegam.
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