"O Irão não está atualmente a realizar as principais atividades de desenvolvimento de armas nucleares que seriam necessárias para produzir um dispositivo nuclear testável", de acordo com a sinopse não classificada do relatório, de duas páginas.
No entanto, continua a realizar "atividades de investigação e desenvolvimento que o podem aproximar da capacidade de produzir o material físsil necessário para concluir um dispositivo nuclear após a decisão de o fazer", refere o mesmo documento.
Por isso, o Irão continua a violar os termos do acordo nuclear de 2015, que acordou com as potências mundiais, do qual a administração de Donald Trump retirou os EUA em 2018.
"O Irão continua a aumentar o tamanho e o nível de enriquecimento das suas reservas de urânio para além dos limites definidos no acordo", confirma o relatório.
Segundo o Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional, o Irão tentou aumentar a sua capacidade para produzir uma bomba atómica a partir de 2020, mas parou pouco depois de o procurar.
As descobertas vão ao encontro de avaliações anteriores dos EUA sobre o programa nuclear do Irão, embora muitos elementos do Congresso e titulares de outros cargos se tenham mostrado céticos em relação às mesmas.
O governo de Joe Biden tem defendido a sua intenção de retomar o acordo nuclear de 2015 com o Irão, mas esse esforço complicou-se nos últimos meses, após a suspensão do chefe das negociações.
Rob Malley foi colocado em licença não remunerada, no mês passado, enquanto aguarda uma investigação às alegações de que terá manipulado indevidamente informações classificadas.
Para além das descobertas nucleares, o relatório dos serviços secretos norte-americanos diz ainda que o programa de mísseis balísticos iranianos continua a representar uma ameaça significativa para os países do Médio Oriente.
"O Irão colocou ênfase na melhoria da precisão, letalidade e fiabilidade dos seus mísseis", aponta o relatório.
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