NATO. "Um conflito congelado não é uma vitória", declarou Zelensky
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, rejeitou hoje em Vilnius aceitar um "congelamento" da frente de batalha com as tropas russas e admitiu que o apoio ocidental ao país dependerá do curso do conflito.
© Alexey Furman/Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
"Queremos recuperar as nossas terras, restaurar a segurança no nosso território, obter o regresso das pessoas forçadas a deixar o país" e "punir todos os crimes" russos, insistiu no decurso de uma conferência de imprensa após o final da cimeira da NATO na capital lituana, e na qual participou.
"É isso, a vitória" e "um conflito congelado não é uma vitória", acrescentou.
Nas suas declarações, o Presidente ucraniano também admitiu que o apoio ocidental ao seu país depende da situação na frente.
"Vós e eu, devemos compreender que tudo isto depende do que se passa no campo de batalha", prosseguiu. "Não devemos simplesmente ficar imóveis e esperar que alguém nos continue a apoiar durante décadas".
"A situação atual é o que é. A nossa prioridade é a vitória e logo virá a integração", indicou, numa referência à perspetiva de adesão do país à NATO e União Europeia (UE).
O líder de Kiev também sublinhou a importância da declaração comum assinada com os líderes do G7, pela qual as sete potências se comprometem a garantir a segurança da Ucrânia a longo prazo.
Previamente, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse ao Presidente ucraniano que hoje a Aliança Atlântica e a Ucrânia se encontram como parceiros, mas anseia o dia em que se encontrem "como aliados".
"As decisões tomadas hoje aqui em Vilnius marcam o início de um novo capítulo na relação entre a NATO e a Ucrânia. Hoje encontramo-nos como iguais, eu anseio pelo dia em que nos encontremos como aliados", declarou Jens Stolteberg, numa conferência de imprensa conjunta com Zelensky, no último dia da cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Zelensky e Stoltenberg falavam momentos antes da primeira reunião do novo Conselho NATO-Ucrânia, um órgão que coloca o país e os aliados em pé de igualdade, mesmo estando a Ucrânia fora da organização.
Stoltenberg insistiu que apenas será endereçado um convite à Ucrânia para aderir à NATO "quando os aliados concordarem que as condições estão reunidas".
O secretário-geral da NATO defendeu que é necessário garantir que "quando esta guerra acabar" há "compromissos credíveis" para a segurança da Ucrânia, "para que a História não se repita", e saudou o compromisso de alguns aliados em fornecer "assistência de segurança de longo prazo" a Kiev.
O secretário-geral da NATO lembrou que os aliados aprovaram um pacote com três partes que tem como objetivo aproximar a Ucrânia da NATO, que passa por um programa de assistência multianual com o objetivo ajudar as forças armadas ucranianas na transição da era soviética para os padrões da Aliança Atlântica, o novo Conselho NATO-Ucrânia e a retirada da exigência de um Plano de Ação para a Adesão.
Sobre a coligação de países que foi oficializada na terça-feira por 11 Estados-membros, incluindo Portugal, para formar pilotos e técnicos ucranianos de caças F-16, Stoltenberg disse ter indicação dos Aliados de que o treino terá início este verão.
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