Biden garante que NATO está "mais forte e mais unida do que nunca"
O Presidente dos Estados Unidos Joe Biden garantiu quarta-feira na Lituânia, no último dia da Cimeira da NATO, que a Aliança Atlântica está "mais forte, com mais energia e mais unida do que nunca".
© Dominika Zarzycka/NurPhoto via Getty Images
Mundo NATO
Biden defendeu que a NATO é mais importante do que nunca e enquadrou a guerra na Ucrânia como uma luta global entre as democracias e autocracias do mundo.
"O nosso compromisso com a Ucrânia não será enfraquecido. Defenderemos a liberdade hoje, amanhã e pelo tempo que for necessário", destacou o chefe de Estado norte-americano, durante um discurso emocionado na Universidade de Vílnius, decorada com bandeiras lituanas e dos EUA penduradas na fachada.
Desde Vílnius, Biden mencionou a grande coragem dos lituanos que naquela cidade quando, em 13 de janeiro de 1991, enfrentaram as tropas soviéticas foram enviadas para esmagar uma tentativa do estado báltico de recuperar a independência, eventos que terminaram com a morte de 14 pessoas.
Recordando o passado, Joe Biden aludiu à invasão que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, lançou na Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, elogiando a resistência demonstrada pelos ucranianos.
O democrata argumentou que Putin não consegue entender que "a liberdade é algo que nunca pode ser tirada" de um povo e pediu às democracias de todo o mundo, da Europa à Ásia, que trabalhem juntas para superar os desafios atuais.
Na sua cimeira anual, os aliados declararam que "o futuro da Ucrânia está na NATO", mas não definiram um calendário específico para a sua integração, o que causou alguma desilusão entre a Ucrânia e os países do flanco oriental da organização militar.
No entanto, Biden e outros líderes do G7 assinaram hoje uma declaração com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, prometendo garantir a segurança da Ucrânia a longo prazo.
Esta declaração, imediatamente condenada pela Rússia, foi uma pequena vitória para a Ucrânia e mais um passo no apoio ao Ocidente.
No final da Cimeira da NATO, o líder de Kiev sublinhou a importância da declaração comum assinada com os líderes do G7.
Zelensky admitiu também que o apoio ocidental ao seu país depende da situação na frente.
"Vós e eu, devemos compreender que tudo isto depende do que se passa no campo de batalha", prosseguiu. "Não devemos simplesmente ficar imóveis e esperar que alguém nos continue a apoiar durante décadas".
"A situação atual é o que é. A nossa prioridade é a vitória e logo virá a integração", indicou, numa referência à perspetiva de adesão do país à NATO e União Europeia (UE).
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