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Drones em Moscovo? "Um bumerangue regressa sempre a quem o lançou"

Podolyak equacionou que este ataque frustrado na capital russa revelou que "o mal não ficará impune", lançando que "ninguém prometeu silêncio à Rússia".

Drones em Moscovo? "Um bumerangue regressa sempre a quem o lançou"

Face à neutralização de dois drones na capital russa, durante esta madrugada, o conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, atirou que “um bumerangue regressa sempre a quem o lançou”, salientando, esta segunda-feira, que “a justiça tem braços longos”.

Um bumerangue regressa sempre a quem o lançou. Mesmo que estejam convencidos da sua própria impunidade, escondendo-se sob o manto do anonimato em esconderijos de organizações especiais a milhares de quilómetros da frente ativa. A justiça tem braços longos”, começou por dizer o responsável, através da rede social Twitter.

Podolyak foi mais longe, equacionando que este ataque frustrado na capital russa revelou que “o mal não ficará impune”, lançando ainda que “ninguém prometeu silêncio à Rússia”.

“E, após 17 meses de guerra total, o agressor recebe uma retribuição justa”, complementou, salientando que, acima de tudo, a trajetória dos aparelhos “dá boas pistas para os locais das ‘instituições secretas’ na Rússia”.

De notar que, esta segunda-feira, o Ministério da Defesa russo declarou ter travado “uma tentativa do regime de Kyiv de perpetrar um ato terrorista com dois drones contra alvos em território da cidade de Moscovo", aparelhos esses que “foram neutralizados e despenharam-se”.

Um drone caiu na avenida Komsomolski, partindo as janelas de pelo menos duas lojas, uma delas especializada na venda de vinhos da Crimeia, segundo a agência de notícias EFE. Por seu turno, o segundo aparelho caiu na avenida Lijachov, num centro empresarial em construção, partindo vidros do 17.º e 18.º andares numa área de 50 metros quadrados. Não houve vítimas, de acordo com as autoridades.

Segundo Christo Grozev, investigador do portal de jornalismo Bellingcat, nesta região encontram-se vários prédios da direção dos serviços de informação do Ministério da Defesa da Rússia.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 9.287 civis desde o início da guerra e 25.671 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Rússia desdramatiza 'drones' e vai continuar operação militar

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